BABYLON:
A COCANHA PÓS-MODERNA DE ZECA BALEIRO

Mônica Amim (Doutotanda em Lit. Comparada – FL/UFRJ)

e-mail: mamim@terra.com.br

 

 Introdução

Segundo Hilário Franco Júnior (1992) as utopias são o maior exercício possível de liberdade humana, tendo em vista que representam a negação de um presente medíocre e sufocante. Nesse sentido, a Utopia da Abundância – representada pela Terra da Cocanha – exercia ,no período medieval, a dupla função de resistência e transgressão à conjuntura de então (como várias outras utopias do período).

Sendo a utopia a expressão dos desejos coletivos de uma perfeição a ser conquistada, este trabalho tem como objetivo principal discutir a atualização da Utopia da Abundância na presente conjuntura – representada pela economia globalizada e pelo capitalismo das grandes corporações –, através de uma canção, Babylon, de Zeca Baleiro, compositor de grande sucesso na Música Popular Brasileira de hoje.

Pretendemos ainda investigar como se dá, no imaginário coletivo do homem pós-moderno, a construção de uma Utopia da Abundância em meio a um cotidiano de desigualdade, fome, miséria e incentivo ao consumo desenfreado, levando em conta o papel desempenhado pelos aspectos ideológicos e míticos neste processo de construção.

 

 A Terra da Cocanha no Conjunto das Utopias Medievais

Como já dissemos, Hilário Franco Júnior afirma que as utopias são o maior exercício possível de liberdade humana, elas são a negação de um presente medíocre e sufocante. Nesse sentido, exerciam função de resistência e transgressão. Ele ainda chama a atenção para a diferença existente entre as utopias medievais e as posteriores, tendo em vista que nas utopias medievais a presença de componentes míticos seria bem mais acentuada[1].

O autor estabelece então uma relação entre mito, ideologia e utopia. O mito seria a mediação entre o abstrato e o concreto, evidentemente expressa de acordo com a cultura da qual faz parte. A ideologia seria uma elaboração consciente e segmentada socialmente, expressando, desta maneira, as necessidades e expectativas daqueles que as criam, adotam e propagam. Finalmente, a utopia seria a expressão dos desejos coletivos de perfeição, geralmente relacionados a um retorno a um estado primordial da humanidade. Sendo assim, os materiais utópicos apresentam quase sempre elementos míticos, mesmo que readaptados em função de um momento histórico. Para Franco Júnior a imaginação utópica seria, então, um produto da História, negando, porém, ser História. Desempenharia deste modo o papel de última ideologia histórica, porém, nega ser ideologia.

Vejamos, nas palavras do autor, como se desenvolvem as intricadas relações entre mito, ideologia e utopia:

Portanto, o mito trata de fatos e situações ocorridos em illo tempore, a ideologia de um presente a ser modificado, a utopia de um tempo por vir, futuro. Aquilo que o homem perdeu na História, narrado pelo mito, ele busca através da ideologia e recupera no além-História da utopia. Esta se opõe então à ideologia, que propõe transformações dentro da História, ainda que sua consecução implique o fim da dinâmica histórica. Em outros traços ainda utopia e ideologia se afastam: uma é coletiva, outra segmentada; a primeira é muitas vezes produto inconsciente, a segunda sempre consciente; uma se fundamenta no sentimento e na esperança, outra no pensamento e na ação; uma é harmônica entre suas várias expressões, outra apresenta oposição marcada entre suas manifestações. Contudo, historicamente, é comum uma utopia ser manejada ideologicamente, e uma ideologia ser idealizada, utopizada. E dessa forma elas se reaproximam. Mas o ponto de contato por excelência é o mito, presente em ambas: de certa forma o sucesso social de uma ideologia e de uma utopia está ligado à quantidade e enraizamento do material mítico nelas contido[2].

 

Gostaríamos neste ponto de destacar uma observação feita por Franco Júnior. Trata-se da dificuldade que o pesquisador encontra ao estudar o material relativo a uma sociedade em grande parte iletrada como a medieval. É inegável que entre o material pesquisado hoje e nós pesquisadores se colocam inúmeros mediadores, justamente na passagem da cultura oral para a cultura escrita, mediadores estes que devem ter distorcido o material original. O autor enxerga aí uma contaminação do mito pela ideologia, da cultura popular pela cultura erudita.

Utilizando-se de conceitos desenvolvidos anteriormente por Jacques Le Goff e Peter Burke[3], o autor entende cultura popular como a cultura de todos os indivíduos de uma determinada sociedade. Sendo assim, naquele momento, a elite participava da tradição cultural das camadas desfavorecidas, mas essas não participavam da cultura erudita. Existia, então, uma maioria da população com acesso a um só tipo de cultura e um só idioma, e uma minoria bilíngüe – latim e dialeto local – e bicultural.

Franco Júnior afirma que inicialmente a distância entre a cultura popular e a erudita era então pequena, visto que oralmente quase todos compartilhavam os mesmos sentimentos básicos. Ele atribui a isto o fato de os registros das manifestações utópicas, anteriores ao ano mil, serem comparativamente menos abundantes. Entretanto, o autor enxerga o Feudalismo, a Reforma Gregoriana, o Renascimento do século XII e o movimento universitário como alguns dos fatores que aumentariam a distância entre as duas culturas. Nesse momento aumentam também os registros sobre a imaginação utópica como forma de a elite repreender ou negar aquelas expressões populares.

Destaca Franco Júnior, nas utopias medievais, dois traços fundamentais: o seu caráter sagrado (mesmo que muitas vezes antieclesiástico) e a sua onipresença. Mais ainda, ele afirma que enquanto as utopias posteriores ao século XV foram freqüentemente urbanas, com as utopias medievais teria ocorrido justamente o inverso, fato bastante compreensível em se tratando de uma sociedade basicamente agrária. O autor nos lembra ainda serem as utopias do período medieval fortemente sacralizadas, enquanto as posteriores apresentariam um aspecto mais profano.

No desenrolar de seus estudos, Franco Júnior nos apresenta um conjunto, um elenco de utopias medievais. Dentre estas ele destaca um grupo que examina em profundidade. São elas: a utopia da abundância: a Cocanha; a utopia da justiça: o milênio; a utopia do sexo: a androginia; a utopia matriz: o paraíso. Menciona ainda o autor outras manifestações utópicas sobre as quais tece apenas breves comentários: a utopia da paz: o claustro; a utopia da alternativa: a heresia; a utopia da simplicidade: o bucolismo; a utopia da igualdade: Robin Hood; a utopia da autonomia: Guilherme Tell. Refletiremos brevemente sobre a Utopia da Abundancia, os principais fatores que concorreram para a sua construção no imaginário do homem ocidental e suas inúmeras representações.

Inicialmente, Franco Júnior nos chama atenção para a idéia de Pecado Original presente no ideário cristão, pecado que acarretou um castigo em dois níveis: o espiritual e o material. No que tange ao aspecto material, o homem expulso do Paraíso passa a ter que conseguir o seu alimento (e o seu sustento) com o “suor do próprio rosto”[4]. Considerando a realidade então enfrentada pelo homem medieval, esse castigo divino era algo concreto e presente em seu árduo cotidiano. Os parcos recursos tecnológicos deixavam as populações constantemente a mercê das intempéries, aumentando, assim, as dificuldades para obtenção de alimentos em quantidade suficiente. Mesmo os avanços tecnológicos de então não bastaram para evitar os racionamentos, as privações e os ciclos de grandes fomes em diferentes fases do período medieval. Devemos ainda acrescentar a esta dura realidade as diferentes pragas e epidemias, contra as quais o homem medieval lutava quase sem armas. Para nós, um dos momentos mais críticos foi o século XIV com grandes fomes e a Peste Negra.

Dentro desse contexto, fica fácil compreender o surgimento e o sucesso de uma Utopia da Abundância, principalmente se a encararmos como uma forma de escapar daquele cotidiano. Nesse sentido, as diferentes representações dessa utopia são provas incontestes de sua popularidade. Dentre essas inúmeras representações podemos citar: o Carnaval (seguido pelo jejum da quaresma), o Graal, a Ilha de Avalon, o Império de Preste João e o País da Cocanha. Interessa-nos nesse momento examinar a  Utopia da Abundância, representada pelo País da Cocanha, porém devemos ressaltar que todas as diferentes representações têm em comum um claro e forte aspecto transgressor – numa evidente tentativa de negação e resistência à conjuntura em que surgiram. Vale ainda lembrar as palavras de Franco Júnior em relação às diferentes representações dessa utopia:

De fato, mais do que um presente efêmero (festas), e um futuro indeterminado (Milênio) ou em um objeto inencontrável pelo homem comum (Graal), a abundância sonhada parecia estar ao alcance em certos lugares entendidos como concretos, ainda que de localização imprecisa: o Império de Preste João, a Ilha de Avalon, o País da Cocanha. [5]

 

Verificamos, então, que as benesses encontradas nesse utópico País da Cocanha vão muito além da abundância alimentar. É claro que a fartura de alimentos, principalmente aqueles aos quais só a elite tinha acesso, é a que mais se destaca a princípio. Contudo, é importante lembrar que, juntamente com essa orgia gastronômica, também era oferecido aos que lá chegassem o amor livre (com a vantagem de todas as mulheres serem belas), o aceso a todo tipo de roupa e calçado e- importantíssimo para o homem comum de então – o ócio, pois “O país tem nome de Cocanha / quem ali mais dorme, mais ganha” [6]. Nesse sentido, notamos que as benesses oferecidas pela utópica Cocanha nos possibilitam perceber as reais necessidades e anseios do homem medieval.

 

 O Mundo Globalizado e a Atualização da Utopia da Abundância

Ao longo da história o homem tem se mostrado capaz de criar e produzir diversas formas de representação literária e artística. De maneira breve e generalizada podemos dizer que estas formas literárias e artísticas, quando criadas, costumam se caracterizar por determinados gestos e orientações verbais e representacionais, que de alguma forma cristalizam certos fatos experienciados, certos modos de vida e certa disposição mental – elementos estes que estão evidentemente relacionados ao contexto da produção da obra. Nesse sentido, é natural que o homem crie e recrie constantemente as formas de representação literária e artística, promovendo com freqüência atualizações ou releituras dessas formas em diferentes períodos de sua história[7]. Pensamos que, de maneira análoga, o mesmo ocorre com as utopias, possibilitando a sua readaptação em função do momento histórico.

O homem do século XX testemunhou o advento da pós-modernidade, e com ela a possibilidade da verdade multifacetada e plural, de uma sociedade multicultural e de um mundo globalizado. Contudo, essas atraentes possibilidades implicaram no fim das verdades absolutas – que pautavam a existência do indivíduo-, de uma sociedade estruturada dentro de padrões há muito conhecidos – na qual ele sentia-se seguro por saber nela se posicionar-, de um sentimento de identidade nacional. Esse conjunto de fatores concorreu, indiscutivelmente, para a desestruturação do indivíduo, o “eu” pós-moderno se desconstrói e reconstrói de forma constante e incessante, numa tentativa sem fim de se situar em um mundo no qual se sente permanentemente inadaptado e desconfortável.

Esta luta constante pela busca de uma identidade perdida e pela reconstrução de um “eu” desestruturado se dá no tão falado mundo globalizado. Do ponto de vista político-econômico, a globalização – servindo ao capitalismo pós-moderno sem face das grandes corporações – aprofundou a miséria, elevou o processo de exploração do homem pelo homem a níveis inimagináveis, incentivou e continua incentivando um consumismo desmedido e acirrou os conflitos étnicos e raciais. A falta de referências (ou o excesso delas) faz com que o homem pós-moderno sinta-se perdido, confuso, não-pertencente. Sua inadaptação e desconforto o levam a tentativas várias de construção de uma identidade, já que se foi o tempo em que o indivíduo era o que sentia, o que pensava, o que fazia, o que acreditava. O mundo hoje diz ao indivíduo que ele é o que ele tem, a mídia diz que ele é o que ele veste ou o que ele compra, enfim, as grandes corporações decretaram que o homem é o que ele consome.

Nesses sentido, o País da Cocanha atualizado é aquele que propicia ao homem pós-moderno a possibilidade de pertencer ao grupo que consome, que oferece ao indivíduo aquilo que é valorizado  pela mídia e, assim, o afasta do grupo dos miseráveis e desprivilegiados, trazendo alívio para o seu cotidiano medíocre e sufocante (lembrar o homem medieval), dando-lhe, finalmente, a sensação de pertencer e se identificar com o grupo que realmente conta, o dos que possuem.

 

 Uma Proposta de Leitura de Babylon

Como vimos anteriormente, as diversas formas de representação artística costumam – de alguma maneira – testemunhar, registrar ou expressar certos fatos experienciados, certos modos de vida e certa disposição mental. Nesse sentido, já há algumas décadas que estudiosos de diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais percebem as diferentes manifestações culturais como um campo rico em dados para uma compreensão mais aprofundada de um dado momento histórico ou de um povo ou grupamento social.

Temos, então, a noção dos diferentes cotidianos como verdadeiros mosaicos formados por peças diversas, que interagem para formar o todo. Nesse sentido podemos perceber a relação clara entre um dado momento histórico e as atitudes mentais dos indivíduos que o vivenciaram. Acreditamos ser indiscutível o papel seminal da interação do indivíduo com o seu meio social. O agir social atua na formação e na transformação do coletivo, da mesma forma que esse coletivo exerce papel importante na mudança do cotidiano e do pensamento do indivíduo.

Sendo de fácil percepção a forte presença da música no dia-a-dia do brasileiro (principalmente via rádio), escolhemos concluir o presente trabalho analisando uma canção, Babylon, de Zeca Baleiro – compositor de grande sucesso na história recente da Música Popular Brasileira. A escolha dessa canção se deveu ao fato de enxergarmos na Babylon de Zeca Baleiro uma versão atualizada da Cocanha medieval.

A princípio, o que chama imediatamente a atenção do ouvinte leitor é a proposital mistura de idiomas, já que o autor utiliza indistintamente o inglês, o português e o francês. Tal mistura resulta numa salada lingüística e sonora responsável por um efeito estético que, ao invés de provocar estranhamento, apenas nos relembra (de forma crítica) a tão discutida falta de barreiras do mundo globalizado – recurso esse também utilizado pelo autor em outra composição sua: Samba do Approach.

Logo na primeira linha a idéia de solidão se apresenta (I’m so alone), e ao longo da letra é não só reforçada (Baby, I’m alive like a rolling stone) mas complementada pela clara necessidade do “eu” de ter uma companheira, como bem nos demonstram as linhas abaixo:

Vem ser feliz ao lado desse bon vivant

......................................................................

Ai morena viver é bom 

Esqueça as penas

Vem morar comigo em Babylon

 

Ao deixar claro que se sente como uma pedra rolante – que não se assentando não cria laços, relações ou grupos de referência -, o “eu” que convida insistentemente uma companheira para ir pra Babylon demonstra ter adotado, já que não lhe resta outra alternativa, uma atitude hedonista diante da vida:

 

Gozar sem se preocupar com o amanhã

...............................................................

Kaya now to me o céu seja aqui

Minha religião é o prazer

 

No Carpe Diem da Cocanha pós-moderna de Baleiro a fartura de comida e bebida também é componente importante, principalmente os itens aos quais só a elite tem acesso (tal e qual na Cocanha medieval). Vejamos:

 

Viver a pão-de-ló e Möet Chandon

.......................................................

De tudo provar champanhe caviar

Scotch escargot …

 

Aliás, ao longo da canção podemos perceber que o desejo desse “eu”, perdido no mundo do consumo globalizado, se detém fundamentalmente nos elementos valorizados pela mídia – considerados “in”, chiques, de alta classe:

Comprar o que houver au revoir ralé

Finesse s’il vous plait mon dieu je t’aime glamour

Manhattan by night

Passear de iate nos mares do pacífico sul

...................................................................

(..) rayban bye bye miserê

 

 

A possibilidade de acesso fácil a tudo que é vetado à maioria da população o afastaria do limbo dos despossuídos, da “ralé” e do “miserê”. Porém, esse acesso é praticamente impossível para o homem comum no mundo real, tendo em vista que a posse do dinheiro é condição sine qua non para tal. Contudo, a falta de dinheiro é uma realidade inquestionável no cotidiano deste “eu” que busca uma utópica Babylon:

 

Não tenho dinheiro pra pagar a minha ioga

Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga

Eu não tenho renda pra descolar a merenda

.......................................................................

Eu não tenho grana pra sair com o meu broto

Eu não compro roupa por isso que eu ando roto

Nada vem de graça nem o pão nem a cachaça

 

Nesse sentido, só lhe resta como alternativa tentar adquirir o seu passaporte para Babylon usando a única moeda de que dispõe: vida e alma. Já que esses dois itens podem ser facilmente vendidos e comprados como qualquer mercadoria no mundo gerido pelo capitalismo sem fronteiras das grandes corporações, não há aparentemente problemas em utilizá-los para ingressar no grupo dos predadores, já que ser parte da massa que é diariamente predada e espoliada é uma realidade da qual no homem comum há muito já se cansou. Vejamos:

 

Vida é um souvenir made in Hong Kong

..................................................................

Cansei de ser duro vou botar minh’alma à venda

..............................................................................

Quero ser o caçador ando cansado de ser caça

 

Gostaríamos, então, de concluir nossa breve reflexão sobre a atualização de uma Utopia da Abundância (nascida no duro cotidiano vivido pelo homem medieval) lembrando que, tais atualizações só se dão se encontram as condições e a disposição mental necessárias em determinado momento conjuntural. Nesse sentido, nos parece que - apesar dos avanços tecnológicos e políticos – o apartheid social continua forçando o homem pós-moderno a sonhar com uma Cocanha/Babylon que alivie suas angústias e sofrimentos.

 

 

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

 

BALEIRO, ZECA. BABYLON. Som Livre, Coleção Perfil, 2003.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as conseqüências humanas. RJ, Zahar, 1999.

BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna, trad, SP, Cia. Das Letras, 1989.

FAIRCLOUGH, Norman. Media Discourse. NY, Oxford University Press, 1995.

FORRESTER, Viviane. O horror econômico. SP, Unesp, 1997.

FRANCO JÚNIOR, Hilário. As utopias medievais. 1aed.. S.P., Brasiliense, 1992.

 ______. Cocanha: a história de um país imaginário. 1a ed. S.P., Companhia das Letras, 1998.

JOLLES, André. Formas simples. SP, Cultrix. s/d.

LE GOFF, Jacques. Pour un autre Moyen Age. Paris, Gallimard, 1977.

THOMPSON, J.B. Ideologia e cultura moderna. Petrópolis, Vozes, 1995.

VIGOTSKI, L. A formação social da mente. Sp, Martins fontes, 1998.

 

 


 

[1] FRANCO JÚNIOR, Hilário. As utopias medievais. 1aed. SP, Brasiliense, 1992

[2] Idem (p. 13)

[3] BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna. (pp.54 – 55)

   LE GOFF, Jacques. Pour un autre Moyen Age (p.226)

 

[4] FRANCO JÚNIOR, Hilário. Cit. (p.23)

[5] Idem (p.41).

[6] Le fabliau de Cocagne. Ed.V.Vãnãnen, 1947. apud: Franco Júnior, H. Cit.

[7] JOLLES, André. Formas simples. SP, Cultrix. s/d.

 

 

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