Mosaico Corpo: lugar da poética.

Profª Ms. Vanessa Tozetto (UFRJ)

 

 

Resumo : O presente artigo tem caráter de ensaio e visa escanear pontos-chave para discussão acerca do gesto poético a partir do debate sobre concepções de Corpo e Arte. Sobretudo, com base na Teoria das Estranhezas, aponta a possibilidade de um olhar diverso para o que passamos a identificar como Mosaico Corpo – campo originário de toda poyesis – na tentativa de resgatar a unidade alienada em seu caráter prismático e, revelando a importância de apropriação do Corpo concebido enquanto unidade diferenciada de alta complexidade, suplantar convenções espaço-temporais – quando imersos em incertezas, percebemos que é simultânea e dialeticamente à vivência que tais concepções vão sendo delimitadas – para bem estabelecer um corpo-todo criador.

 

Palavras-chave : Teoria das Estranhezas, Corpo, Poética.

 

 

Esforço-me aqui pela pertinência e relevância jamais nascidas da vontade de fechamento, mas do trabalho de articulação conseqüente, considerando sempre o caráter inacabado e insuficiente do pensamento, no conjunto da pluralidade dos olhares que miram as práticas humanas, interpretando-as. (MACEDO, 2004, p. 36).

 

 

Na re-tomada do verbo por pretensão de ex-por uma idéia que jamais se dará em plenitude senão meta-morfoseada e, portanto, ainda e sempre re-velada, o esclarecimento do pesquisador, transcrito acima, é alento para prosseguir, desde que vem somar como coro, à voz que neste momento não pode pre-tender mais que reunir alguns gravetos, crendo, honestamente, que, em face de bons pensares, poderão ser tornados combustíveis de bela fogueira. E que a fogueira proceda ao desafio de consumação do inextinguível.

Esforço-me aqui, então, pela experiência do ensaio. O pequeno estudo que se apresenta também se oferece aos olhares e se sujeita à provação; treina – para o que quer que lhe esteja destinado, porque este sempre há de ser o destino do pensamento.

Pensar o gesto poético, trazê-lo para debate; a decisão é fácil e meritória, mas que caminhos trilhar, que malhas tecer? São recentes as vozes que ainda ecoam no espaço em que me encontro imersa: “é o caminhar que propõe o caminho” – e no sentido de uma relação sujeito-dependente em aspecto fluido, aquele caminhar se dá na medida em que, caminhando, o ser [re]inaugura-se, a si/ em si. Ser-caminhar. Mas , para não rodarmos infinitamente em círculos e se desejamos [?] que [des]encontros aconteçam, devemos [?] conceber com certa acuidade pontos que constituam nosso oriente , isto talvez se faça simultaneamente necessário e bastante.

Ponto um: gesto. Para Roland Barthes:

 

 

Algo como o complemento de um ato. O ato é transitivo, objetiva apenas suscitar um objeto, um resultado; já o gesto é a soma indeterminada e inesgotável das razões, das pulsões, das preguiças que envolvem um ato em uma atmosfera [...]. O artista [...] é, por estatuto, um operador de gestos [...]. (1990, p. 145-146).

 

 

Ponto dois: poyesis : [...] onde as coisas não podem ser tomadas como dadas, mas dando-se. [...] Neste sentido, remete o sujeito cognoscente para a experiência... e não apenas para a sistematização conceitual/ discursiva (MACEDO, op. cit., p. 36).

O gesto poético, assim compreendido, remete a uma manifestação da totalidade, que volve o ser humano a um instante primordial, em que se faz capaz de [re]viver e [re]criar seus mitos, suas verdades, em que se funda e permite o transbordamento de si em si mesmo e/em fato estético. A poética enquanto cria-atividade transmuta o gesto criador em ritual, deslocando o artista para o momento da simultaneidade essencial bachelardiana, “na qual o ser mais disperso, mais desunido, conquista unidade” (BACHELARD, 1985, p. 183). Tal gesto primordial nasce em ímpeto e é anterior ao que morre em ação: é aquele que perdura.

Estamos no âmbito da experiência, da possibilidade do encontro íntimo: um imiscuir naquilo que antevemos como realidade imediata das coisas em busca de suas verdades ulteriores, no ato de interrogarmos aquilo que se nos faz presente para eventualmente termos acesso ao que se nos mantém no campo do ausente, mas não nos posicionando a distância, ao contrário:

 

 

A decisão de seguir a experiência daquilo que existe [...] nada supõe além de um encontro entre ‘nós' e ‘aquilo que existe' [...]. O encontro é indubitável, pois que sem ele não nos proporíamos nenhuma questão. [...] Aparentemente, é necessário que estejamos no mundo, naquilo que existe, ou pelo contrário, que aquilo que existe esteja em nós . [...] Nós nos colocamos tal como o homem natural, em nós e nas coisas, em nós e no outro, no ponto onde, por uma espécie de quiasma , tornamo-nos os outros e tornamo-nos o mundo. (MERLEAU-PONTY, p. 156-157).

 

Toda experiência no mundo, do mundo e das coisas do mundo, é a de um ser-no-mundo – “[...] o homem não é só um todo com ele mesmo, é um todo na relação com o próprio Universo” (CALFA, 2000, p. 112) – compreensão a que se vinculará a noção de corporeidade enquanto condição humana. Toda experiência – todo encontro – é, portanto, essencialmente corporal e dialeticamente corporalizante. O gesto poético é experiencial e, consequentemente, corporal-corporalizante. Desta forma, a questão da poética é questão do corpo.

Mas de que corpo estamos falando? Ponto três!

 

 

O corpo é fluxo e refluxo. É uma individuação do ser que está em constante processo de transformação das energias que se condensam em diferentes campos [...], interagindo continuamente entre si, formando o todo. [...] Deve ser compreendido e tratado em compatibilidade com o que é – a vitalização e revitalização da criação. (EARP, A. C., 2000 apud GUALTER; PEREIRA, 2000, p. 11).

 

 

O corpo da poética é aquele que se dá como espaço aberto à transformação, à mudança, ao movimento: não é o físico, mas também não se reduz ao meta-físico. É o múltiplo, em sua capacidade meta-mórfica; fenômeno.

Uma consideração se faz necessária para entendermos as escolhas que faremos adiante: ao longo de milênios de civilização, vimos oscilar tudo o que fundamenta concepções do lugar do corpo no que se convencionou chamar universo humano. Cruelmente, por ser reconhecido sujeito, é tornado objeto. E tanto mais facilmente subjugado, quanto mais fragmentado e reduzido. “No início o homo-sapiens era um ser uno, integrado e entregue ao mundo” (MEDINA, 1987, p. 53), mas esta unidade, que parece ser alienada em seu caráter prismático pela primeira vez com a dicotomização corpo versus alma, desde que as relações com a corporalidade passam a ser delimitadas por paradigmas vigentes, o que vemos de fato e tiramos de substrato: descorporalização – a progressiva alienação de si mesmo.

Estamos precisando superar a cisão sujeito-objeto para devolver ao corpo – à experiência corporal – sua unidade, “vivenciada na percepção e na motricidade, o pensamento, bem como as relações do homem com os outros e com o mundo” (GONÇALVES, op. cit., p. 69). Esta superação não se faria pela escolha – arbitrária ou não – de um dos conceitos pré-estabelecidos; também não seria bem sucedida, a nosso ver, pela criação de um conceito novo. Nos lançamos então ao colossal desafio de, desde que possamos vislumbrá-lo como facticidade, abandonar o olhar parcial e perceber o Corpo, diferenciado pela inicial maiúscula, realidade mosaical: instâncias física, mental, emocional, espiritual, sócio-cultural, ..., congregadas num Mosaico Corpo , tornado, por inerente fluidez, unidade de alta complexidade – “uma multiplicidade com um só sentido” (NIETZSCHE, 1999, p. 41).

Apresentada na penúltima década do século XX, a Teoria das Estranhezas surgiu como epistemologia não-ordinária capaz de alicerçar o pensamento moderno/ contemporâneo emergente face ao notório eclodir de uma era de incertezas. Esta, inaugurada em ciência pelas revoluções da teoria da relatividade e da mecânica quântica, quando da desvinculação dos cânones euclidianos e newtonianos de ordem, surge com a necessidade de “[...] substituir o universo ordenado de Einstein e Newton por outro, menos previsível” (KANE , 1995 apud MALUF, 2002, p. 61). Neste momento em que o senso comum se mostra menos evidência [Aristóteles] que conveniência – e tanto que a tão discutida e controversa globalização em processo se faz consolidação oportuna desta necessidade de unificação [fraudada] de hábitos, pensamentos e culturas – as relações causa-efeito não mais se verificam fechadas, cada termo deste binômio não está submetido ao outro de modo estrito. Indo mais além, a nova realidade espaço-temporal, então liberta de tal ordem instaurada, funda com mais consistência a possibilidade da conexão, uma vez que, na condição de ‘não-equilíbrio' – tudo se desloca e se recria todo o tempo – os estranhos – o ser e o não-ser – podem coexistir. E quem sabe não estamos nos aproximando de uma solução para o eterno dilema shakespeareano ser ou não ser ...

Enfim, neste novo mundo de instabilidades, “[...] as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno” (HALL, 2000, p. 7).

Assim Stuart Hall introduz o que chama “um tipo diferente de mudança estrutural” (ibid., p. 9) por que passa a sociedade no século XX, refletindo e implicando, dialeticamente, transformações culturais e comportamentais. E conclui:

 

 

O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não-resolvidas. [...] A identidade torna-se uma ‘celebração móvel': formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam. (ibid., p. 12-13).

As novas formas de relação decorrem de uma necessidade de reinterpretação do mundo e das coisas, de adaptação a eles, à nova lógica, a si mesmo, de criação de condições para que a vida possa continuar fluindo, sem que isso signifique se perder de si ou se perder do mundo – uma escolha que parece condição sine qua non . Esse sujeito, portanto, pode transitar por espaços múltiplos em uma realidade temporal plural, uma vez que se torna muitos em um só. Razão que jamais é última, passando a ser possibilidade e impossibilidade, simultaneamente. Estranho em si e para si. Mosaico de dualidades, diversidades. Caos que é ordem-desordem. Mas, ainda escravo da lógica formal que não prevê tal interpenetração de distintos, carente de um arcabouço fundamental que o ampare em sua nova saga, surge angústia: codinome do indivíduo da pós-modernidade.

Trazendo um novo sentido à idéia de fragmentação, o Professor Dr. Ued Maluf passa a anunciar em termos de afinidade global unidade que é imanência, suplantando dicotomizações e aproximando diversos. A Teoria das Estranhezas é, em suas palavras, para evitar traduções:

 

 

[...] uma alternativa conceitual para as áreas humanas, e que [...] permite formular uma ‘conjectura das fragmentaridades'; querendo com isso dizer que a adoção de ‘fragmento', como substituto para ‘elemento', ‘informação', pode ensejar o descortínio de novas perspectivas teóricas, sob as quais, as tradicionais oposições ‘regularidades-irregularidades', ‘necessidade-acaso', ‘simplicidades-complexidades', ‘familiar-estranho', venham a ser interpretadas não mais como extremos mutuamente exclusivos, mas como unidades fluidas, em termos de específicos mosaicos de isomorfos. (op. cit., p. 128-129).

 

 

Pressupõe então a existência, sem risco de redução, de unidades primeiras, que chamará protomorfos, diferenciadas pelo caráter de singularidade, mas de alta complexidade pela heterogeneidade constitutiva, e passíveis de multiplicação, pela fluidez de transformações não-reversíveis, em fragmentos, os idiomorfos, unidades que guardam entre si e com o elemento originário propriedade de afinidade global.

Um estudo cuidadoso de suas proposições constata a competência da Teoria no que concerne a oferecer bases seguras para a análise de qualquer tipo de desdobramento do pensamento que esta cultura que se instaura em nosso presente venha a permitir. Sobretudo, quando tratamos de ciências humanas, das quais, não menos importante, a Arte. Ao tratar sobre o descentramento e o deslocamento do sujeito, por exemplo, Hall (op. cit.) levanta a dúvida sobre a natureza das instituições modernas – serão estas radicalmente novas ou apresentam enganosa continuidade com as formas tradicionais? – e valida o que em Estranhezas se denomina mosaico humano , a “unidade profunda e indivisível da história... e... do espírito humano” (MALUF, op. cit., p. 94).

Estabelecemos então, bem fundamentados, o Corpo, unidade diferenciada de alta complexidade, cujas facetas, dimensões em relação anarquizada – o caos; e Heidegger diria que “o caos reside em nós tanto quanto somos entes corporais” (OLIVEIRA, 1981, p. 28) – constituem universos singulares, quiçá, unidades diferenciadas em novos estratos, diluídos em realidade mosaiciforme, onde o que predomina é a totalidade.

Este Corpo surge como proto-morfo essencial de toda expressividade, ou quem sabe podemos dizer proto-fenômeno expressivo... uma escolha de palavras que ainda carece de pensamento e maturação. De fato, o que já se pode afirmar é que a potencialização do gesto poético, num sentido de condensá-lo para insuflar-lhe a potência redunda na potencialização do Corpo.

Já é tempo de notar que em momento algum particularizamos o saber-fazer. Também a Arte tem sido vítima de uma fragmentação perigosa em função de uma especialização que “apesar de necessária, [...] foi feita à custa de grandes sacrifícios e elevados custos” (POMBO, 2003), esta que:

 

 

[...] é condição de possibilidade do próprio progresso do conhecimento, expressão das exigências analíticas que caracterizam o programa de desenvolvimento da ciência que nos vem dos Gregos e que foi reforçado no século XVII com Descartes e Galileu. Para lá das diferenças que os distinguem, eles comungam de uma mesma perspectiva metódica: dividir o objecto de estudo para estudar finamente os seus elementos constituintes e, depois, recompor o todo a partir daí. (ibid.).

 

Olga Pombo trata a respeito da especialização no campo do conhecimento científico, mas é notório que a mesma questão se faz fato em todos os campos de conhecimento – a própria expressão é decorrência disto – e, inclusive na Arte, levou a uma “institucionalização [...] absolutamente devastadora e de que estamos hoje a sofrer as conseqüências” (ibid.).

É por isto que igualmente nos precipitamos a evocar a Arte – assim mesmo: com A maiúsculo! – como aquilo que perpassa e transpassa toda e qualquer categorização, que se instaura em obra artística por meio de técnicas das mais diversas mas que extrapola o dizível; o fato estético e, ao mesmo tempo, aquilo de que este é impregnado, mas ao qual não se reduz; algo capaz de transcender tempo e espaço. Mais que isso, capaz de imbuir-se e espraiar-se em tais parâmetros convencionados de ordem, a ponto de deslocar a própria realidade. E pensando, como Gombrich (1999, p. 44), na história da Arte como história de idéias, concepções e necessidades em permanente evolução, ela então pode se nos apresentar como face metamorfoseada da história do homem no mundo. Isomorfismo. Torna-se lícito fundar, com mais razão, analogamente ao mosaico humano de Maluf, o mosaico Arte ainda em mais amplo aspecto: unidade profunda e indivisível da história e do espírito da Arte! Expressão de fluidez.

Concebemos, então, Arte enquanto unidade de alta complexidade: pois que se faz presente em essência em tantas possibilidades, mas nenhuma possibilidade a pode conter em absoluto. As linguagens, a partir de então, passam a constituir facetas, formas possíveis para a instauração daquele rito; no âmbito do gesto poético, desta forma, destacar-se-ão não mais discursos de práxis absolutamente restritas, mas aquilo que por afinidade, eclodirá como condição global. Neste caso, a dimensão corporal, num sentido agora amplificado, desde as colocações feitas, poderá se apresentar como aquilo que subsiste em toda linguagem artística. Isto equivale a dizer que o poeta é corporal em sua ação – e não estamos nos referindo à palavra cristalizada em papel, ou ao texto declamado, tampouco às piruetas executadas; antes, a toda presença que reside no ímpeto que detona a ação de poetizar.

Pois o poeta é um nativo do Corpo: é esta a experiência capaz de consolidar uma trama Arte, onde, no lugar de fronteiras, possa vigorar a mobilidade territorial.

 

 

Referências Bibliográficas

BACHELARD, Gaston. O direito de sonhar. São Paulo: DIFEL, 1985. 202 p.

 

BARTHES, Roland. O óbvio e o obtuso: ensaios críticos III. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. 279p.

 

CALFA, Maria Ignez de Souza. A temática do corpo. In: CARDOSO, Liana da Silva; GUALTER, Katya Souza. (org.) I coletânea de artigos do departamento de arte corporal . Rio de Janeiro: Papel Virtual, 2000. 136 p. p. 107-115.

 

GOMBRICH, Ernst H. A História da Arte . 16 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 688 p.

 

GONÇALVES, Maria Augusta Salin. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. 5 ed. Campinas: Papirus, 2001. 197 p.

 

GUALTER, Katya; PEREIRA, Patrícia. Apostila da disciplina Fundamentos da Dança . Rio de Janeiro: DAC/ EEFD/ UFRJ, 2000. 21 p.

 

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 102 p.

 

HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências . Petrópolis: Vozes, 2002. 269 p. (Coleção Pensamento Humano).

 

MACEDO, Roberto Sidnei. A etnopesquisa crítica e multireferencial nas ciências humanas e na educação. 2 ed. Salvador: EDUFBA, 2004. 297 p.

 

MALUF, Ued. Cultura e mosaico: introdução à teoria das estranhezas. 2 ed. Rio de Janeiro: Booklink, 2002. 170 p.

 

MEDINA, João Paulo Subira. O brasileiro e seu corpo: educação e política do corpo. Campinas: Papirus, 1987. 135 p.

 

MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. 271 p.

 

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra . São Paulo: Martin Claret, 1999. 255 p. (Coleção Obra-prima de cada autor).

 

OLIVEIRA, Beneval de. Nietzsche, Freud e Surrealismo. Rio de Janeiro: Pallas, 1981. 78 p.

 

POMBO, Olga. Epistemologia da Interdisciplinaridade. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINARIDADE, HUMANISMO, UNIVERSIDADE. Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 12 a 14 de Novembro de 2003. Disponível em: < http://www.humanismolatino.online.pt>. Acesso em: maio 2005.

 

Permitamos o jogo de palavras, posto que do Oriente nasce o Sol: luz, claridade e também o referencial mais primitivo e assertivo para os [des]caminhares das espécies.

EARP, Ana Célia Sá. Orientação para aplicação do conteúdo programático da disciplina Fundamentos da Dança do curso de Pós-graduação Lato-sensu de Dança-Educação do Departamento de Arte Corporal da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro . Rio de Janeiro, 2000. Ana Célia é filha de Helenita Sá Earp e fundadora do curso de Bacharelado em Dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Faz-se importante registrar que essa ‘inauguração' só se dá em termos científicos, isto é, no campo da institucionalização do conhecimento, do saber, pois realidade [facticidade] é pré-existente e sobrevivente a todo e qualquer novo pensar que se preste a interpretá-la e/ ou sistematizá-la. Quando, então, o homem percebe que nada pode ser absolutamente previsível ou sistematizável, é apenas que nova luz se lança sobre os objetos de sua preocupação.

KANE, G. The particle garden . New York: Addison – Wesley, 1995.

Para cujo domínio e apropriação o artista deve caminhar, é certo! Desde que não no sentido de viciar o saber-fazer, mas expandir suas possibilidades: “A técnica não é, portanto, um simples meio. A técnica é uma forma de desencobrimento” (HEIDEGGER, 2002, p. 17).

 

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