Aderaldo Luciano dos Santos

O super-herói americano: uma nova roupa para o Império

Área de Concentração: Poética

Orientador: Helena Parente Cunha

Resumo: Harvey Pekar escreve o seu American Splendor direto das ruas de Cleveland. Pekar é o resumo do homem médio anti-americano. Trabalha como arquivista em um hospital, coleciona histórias-em-quadrinhos e discos de blues e jazz. Começa a escrever roteiros para HQ com desenhos de Robert Crumb. Tomando como ponto de partida esse caso, o trabalho procura caminhos para reflexão sobre a produção em série de heróis de quadrinhos na mass media americana, buscando resposta para qual o lugar dessa arte nos rumos da hegemonia do Império.

 

Ana Maria Albernaz

Horizonte e terceira margem em Diadorim e Riobaldo.

Área de Concentração: Poética

Orientador: Prof. Manuel Antônio de Castro

Linha de pesquisa do orientador: Poética das linguagens

Resumo: Tentaremos pensar o jogo dramático que envolve Diadorim e Riobaldo como
horizontes espelhados que se defrontam e projetam a terceira margem roseana, poética unitiva no Grande Sertão que conjuga poesia e pensamento. O horizonte como algo que está sempre adiante de nossos olhos e nunca ao alcance de nossos passos ? nas palavras de Eudoro de Souza ? figura seu encontro. Propomos Diadorim e Riobaldo respectivamente como horizontes da poesia e do pensamento, e este encontro como a inaudita, invisível, inédita terceira margem que é o horizonte da poesia pensante, do pensamento poético.

 

Ana Paula Nascimento de Souza

O lugar das relações interpessoais na contemporaneidade: breve análise de líricas de Zeca Baleiro e Lenine.

Área de Concentração: Literatura Comparada

Resumo: O trabalho é uma proposta de análise de algumas canções dos compositores Zeca Baleiro e Lenine, as quais trazem em comum a temática das relações interpessoais e amorosas frente ao contexto social contemporâneo. O objetivo é apresentar uma breve leitura de tais textos sem perder de vista o contexto histórico dentro do qual se inserem. Não se pretende, contudo, apresentar uma visão acabada sobre o corpus analisado, uma vez que trata-se de pesquisa em caráter inicial.

 

André Vinícius Pessoa

João Fulano, o Cantador do Cara-de-Bronze

Área de Concentração: Poética

Orientador: Manuel Antônio de Castro

Linha de pesquisa do orientador: Poéticas das diferentes linguagens

Resumo: Guimarães Rosa, na múltipla narrativa do “Cara-de-Bronze”, conto que pertence ao “Corpo de Baile”, recorre à figura contextual do cantador. João Fulano, cancionista do sertão, é quem a encarna. Sentado na varanda da Casa do fazendeiro Cara-de-Bronze, numa “rêde de embira de Carinhanha – desenhada com surubins e outros peixes do São Francisco, e caboclos d’água, e enfeitada absurdamente” (Rosa: 1965, p. 93), está o personagem em seu ofício, dedilhando seu violão e desafiando em versos. “Essa viola eu fiz, eu mesmo...” (Rosa: 1965, p. 98), diz. O cantador João Fulano percorre toda a estória, pontuando-a. “Ele põe fé em vau de tristeza...Está cantando com seus pássaros...” (Rosa: 1965, p. 79), comenta o vaqueiro Mainarte.

 

Andrea Copeliovitch

Os herdeiros da tradição: o último discurso de Grotowski e aprendizado do ator

Área de Concentração: Poética

Orientador: Manuel Antônio de Castro

Linha de pesquisa do orientador: A poética das linguagens

Resumo: O que uma pessoa pode transmitir? Como e para quem transmitir? Estas são questões que toda pessoa que é herdeira de uma tradição se coloca, porque essa pessoa herda também, de certa forma, o dever transmitir aquilo que recebeu para si.

Jerzi Grotowski

 

Em seu último discurso publicado postumamente, Grotowski, um dos grandes mestres do teatro do século XX nos leva a refletir sobre os caminhos do ator no teatro ocidental. Caminhos que poucos têm a oportunidade de trilhar acompanhados por um guia. Caminhos que delineiam formas, fragmentos, mandalas e sobre os quais ainda temos dificuldade de falar, ensinar e aprender em uma linguagem que lhes seja própria.

 

Anna Paula Soares Lemos

O apolíneo e o dionisíaco na dança contemporânea – quando as forças da natureza se encontram em Isadora Duncan.

Área de Concentração: Literatura e Dança.

Orientador: André Bueno

Linha de pesquisa do orientador: Literatura e Sociedade.

Resumo:  Isadora Duncan percebeu, no final do séc. XIX e início do séc. XX, em “O Nascimento da Tragédia” pontos inspiradores para o desenvolvimento da dança contemporânea à qual é uma das precursoras. Entre os artistas da dança, mesmo quando existe a opção pelo apolíneo – que arrisco citar a dança clássica – ou a opção pelo dionisíaco – tentativa contínua da dança contemporânea a partir de Isadora Duncan  – existe no próprio ato de dançar a consciência da complementaridade dos dois instintos.  “... ao grego apolíneo ... toda a sua existência, com toda beleza e comedimento, repousava sobre um encoberto substrato de sofrimento e conhecimento, que lhe era de novo revelado através daquele elemento dionisíaco. E vede! Apolo não podia viver sem Dionísio!” (O Nascimento da Tragédia).

 

Antonella Flavia Catinari

Correspondência na Barca: cartas trocadas entre Monteiro Lobato & Lima Barreto

Área de Concentração:Literatura Comparada

Orientador:Ronaldo Lima Lins

Linha de pesquisa do orientador:Construção Crítica da Modernidade

Resumo: Esta comunicação liga-se aos estudos da epistolografia literária e pretende traçar uma leitura da correspondência trocada entre Monteiro Lobato e Lima Barreto, percebendo a escrita/leitura de cartas como um entre-lugar entre a literatura e uma escrita de si e desvelando o jogo intertextual que nos permite tentar reconstruir o diálogo entre esses dois autores.

 

Antônio Máximo Ferraz

“Vigência do trágico: a saga edipiana”

Área de Concentração: Teoria Literária

Orientador: Professor Doutor Manuel Antônio de Castro

Linha de pesquisa do orientador: Poéticas das Linguagens

Resumo: A saga edipiana apresenta características únicas, comparada à das demais personagens da tragediografia. Enquanto estas praticam atos que lhes trazem a perdição deliberadamente, Édipo assassina o pai e desposa a mãe involuntariamente, em razão de desconhecer suas origens. Como alguém que está inocente em relação às ações que pratica tem de sofrer tão grave expiação, ainda mais se levando em conta que o oráculo de Delfos vaticinara que ele mataria seus pais? A tradição metafísica ocidental, de fonte platônica e judaico-cristã, não compreende o trágico, porque identificou o “sercom o Bem ontológico (República, Platão), assim excluindo de seu horizonte o “não-ser”. Com base nesta exclusão, veio a ser fundada a razão abstrata ocidental (ratio). A culpa (áte) edipiana não é a da retributividade da justiça humana (jus), mas a da díke, concernente à justiça ontológica. A noção chave para entender a expiação edipiana é a do erro (hamartía) ontológico. Sua saga, consumada em Édipo Rei e Édipo em Colono, de Sófocles, encena o trágico destino de um personagem que, justamente por se guiar pela iluminância excessiva de uma razão abstrata, como o faz a modernidade –, se obrigado a descer à obscura senda do “não-ser”.

 

Áureo Guilherme Mendonça

“O lugar da crítica nas dobras do tempo”

Área de Concentração: Literatura Comparada

Orientador: Vera Lins

Linha de pesquisa do orientador: Crítica de arte

Resumo: Pensar a atuação da crítica de Vasari a Argan ou de Gonzaga Duque a Mário Pedrosa, é o mesmo que dobrar e desdobrar infinitamente o campo múltiplo de atuação da arte. O crítico como interlocutor de um plano estético que percorre as linhas sinuosas das dobras do tempo e que ao mesmo tempo age como provocador da inovação. Causar choque e espanto, no mesmo âmbito da linguagem profética de Baudelaire, intuir o novo sob a casca amarelecida do velho. O lugar da crítica é nesse plano de atuação um não-lugar, o espaço que escapa das formas convencionais de enxergar o mundo. O próprio conceito de real é subvertido pelo olhar do crítico que pensa a vida para além das fronteiras do visível.

 

Cassiana Lima Cardoso

O narrador irônico em O Dia do Juízo, de Rosário Fusco

Área de Concentração: Poética

Orientador: Antônio Jardim

Linha de pesquisa do orientador: Poéticas das diferentes linguagens

Resumo: A proposta deste trabalho é a associação da obra O Dia do Juízo, de Rosário Fusco à tradição satírica que remonta o teatro grego de Aristofánes. A recusa de qualquer ilusão dramática que aparece pela primeira vez na dramaturgia aristofânica vigora também neste romance de Rosário Fusco. Primavera, a protagonista desta tragédia da província e seus antagonistas (que parecem ser o mundo inteiro e até mesmo Deus) possuem seus atos analisados em abruptas intervenções do narrador que, como no antigo coro das sátiras gregas, age cumprindo o papel da parábase de ironizar, através da reflexão, o estranho teatro das ações humanas.

 

Constança Hertz

Diferenças do modernismo carioca

Área de Concentração: Teoria Literária

Orientador: Ana Alencar

Resumo: Pretende-se abordar, a partir de artigos do primeiro movimento da crítica cinematográfica no Brasil, que ocorreu no Rio de Janeiro, com o Chaplin Club, a busca por uma estética que se distanciasse das correntes regionalistas que ganhavam força no modernismo brasileiro a partir de meados da década de 1920. Os textos do Chaplin Club, publicados entre 1928 e 1931, ao recusar o cinema sonoro e defender a primazia do cinema silencioso, terminaram por preconizar uma experiência narrativa – que, nos referidos textos, com freqüência perpassam a literatura –  que não se utilizasse de imagens que pudessem ser miméticas ou naturalistas e que se apostasse em um modernismo que passava ao largo das questões que marcaram o conhecido movimento de São Paulo. 

 

Cristiane Sampaio de Azevedo

Linguagem- um convite ao desamparo

Área de Concentração: Poética

Orientador:  Alberto Pucheu

Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

Resumo: No fragmento intitulado “Monólogo”, Novalis nomeia a linguagem como um “falar por falar”, e diz que esse seria o lado sério da linguagem, ao contrário do falar já determinado, articulado. É que numa fala já determinada pressupõe-se já um lugar pre- estabelecido, um lugar já dado, assegurado. No “falar por falar”, no “tagarelar”, o que há é desamparo, ou um não- lugar, em que a cada vez já se está em jogo o que é próprio da linguagem, que é criar, inaugurar, sempre sujeito a erros. Assim, Novalis vai dizer que a linguagem é “como as fórmulas matemáticas”, que jogam com elas mesmas. A linguagem seria, então, um monólogo: uma fala que só fala dela mesma e, ao mesmo tempo, criaria um diálogo, no qual já se está ou não se está, no qual não se pede licença para entrar.

 

Danielle Costa

A literatura e o vampiro no século XIX

Área de Concentração: Teoria Literária

Orientador: Eduardo de Faria Coutinho

Linha de pesquisa do orientador: Imaginários culturais

Resumo: O presente texto tem como finalidade demonstrar as relações entre a literatura do século XIX e o mito do vampiro na Inglaterra, Alemanha e França. Sendo o mesmo um desdobramento advindo da dissertação de Mestrado “A orquídea de Sangue”.

 

Fernanda Pequeno da Silva

Barbara Kruger: [entre] arte e publicidade

Área de Concentração: Arte e Cultura Contemporânea

Orientador: Vera Beatriz Siqueira

Linha de pesquisa do orientador: História e Crítica de Arte

Resumo: A comunicação pretende abordar a produção da artista norte-americana Barbara Kruger e sua interface com a publicidade. Desde 1979 Kruger vem utilizando a linguagem dos veículos da mídia com um estilo característico de assinatura: fotos em branco e preto e aforismos em fontes específicas. Ao imitar o vocabulário da propaganda e subvertê-lo, a artista focaliza temas de relevância social como a violência, a saúde pública e a discriminação. Utilizando uma combinação forte entre texto e imagem, a artista intervém na paisagem urbana, através de imagens apropriadas por ela que, combinadas a slogans e frases de efeito, ganham ainda mais força. Segundo Hal Foster, esse tipo de trabalho não propõe uma experiência formal ou perceptiva, pelo contrário, busca filiação com outras práticas, indo buscar material na indústria de massas, por exemplo.

 

Flávio Pereira Pimentel

Palavra e Criação a partir do pensamento de Nietzsche

Área de Concentração: Ontologia, Estética, Fenomenologia

Orientador:  Gilvan Fogel

Linha de pesquisa do orientador: Ontologia e Estética

Resumo: O trabalho tenta pensar a linguagem a partir da experiência criadora com a palavra, tomando como fundo dois textos de Nietzsche: o capítulo intitulado O Regresso, de Assim falou Zaratustra, e o comentário que Nietzsche dá deste texto em Ecce Homo, quando fala da experiência criadora do Zaratustra. Nela, Nietzsche fala de um retorno da linguagem à sua natureza de imagem, visto sob a ótica da experiência de criação que ele trata de descrever, onde as coisas mesmas se oferecem como imagem. A partir do momento criador, que poderíamos chamar de poético, se oferece a possibilidade de pensarmos a relação entre palavra, imagem e a coisa nomeada e vermos em que sentido a experiência criadora é reveladora de tal relação, bem como o que ela revela da existência humana.

 

Francesco Jordani Rodrigues de Lima

Sobre cães e ossos: a vontade de poder e o poder da vontade em Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dogville

Área de Concentração: Literatura Brasileira

Orientador: Ronaldes de Melo e Souza

Linha de pesquisa do orientador: Hermenêutica, Poética, Filosofia e Literatura.

Resumo: “Notou que ao pé deles estava um osso, motivo da guerra, e não deixou de chamar a minha atenção para a circunstância de que o osso não tinha carne. (...) Os cães mordiam-se, rosnavam com furor nos olhos... Quincas Borba, meteu a bengala debaixo do braço, e parecia em êxtase.” (MPBC) Passional, impulsivo, irracional (racional ao extremo?), o homem respira e transpira o calor do viver que o oxigena e sufoca. Humano é aquele que age movido pela natural vontade de vida e, pouco após, delibera a realização da vida repleta de vontades. Nas obras de Machado de Assis e Lars von Trier, suplantada a retórica banal do homem selvagem, a metáfora dos cães alcança o ápice crítico ao demasiadamente humano em guerra constante pelo domínio dos ossos que saciarão sua “fome eterna”. A vida torna-se palco do drama da luta pela manutenção e alcance das chaves do poder e da dominação social. Grande valia trarão, ainda, os estudos acerca dos conceitos de poder  vontade e tecidos por Foucalt, Schopenhauer e Nietzsche.

 

Francini Barros

A Trivialidade no Contemporâneo – A Condição do Andarilho

Área de Concentração: Arte e Cultura Contemporânea, Instituto de Artes, UERJ

Orientador: Marcus Alexandre Motta

Linha de pesquisa do orientador: História e Crítica da Arte

Resumo: A pesquisa sustenta o pensamento do Contemporâneo através de duas flexões e uma inflexão: o andarilho, a arte representada pelo artista e a dança enquanto categoria artística, respectivamente. O andarilho permite-se desestrururar pelas imagens sem nunca se deter, vive as confusões de sua percepção na instabilidade da não codificação a algo pré-estabelecido a seguir como modelo. Entrega-se a sua condição passageira; qualidade de reação. A deformação do sentido estético do reconhecimento do corpo, que dá lugar a sua percepção, enquadramentos instantâneos. Transeunte, sem nunca se deter, contínuo e perpétuo processo de abstração. Tudo passa, menos as lacunas na codificação da percepção, o balbuciar enquanto pré-definição da fala. Ritual de resistência?

 

Giovane da Silva Santos

O adensamento crítico e irônico sobre o ópio alienador da cultura de massa no filme Cronicamente Inviável de Sergio Bianchi

Área de Concentração: Teoria Literária (Ciências da Literatura)

Orientador: Alberto Pucheu

Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

Resumo: Estudo de um dos aspectos da suspensão do projeto civilizatorio brasileiro na narrativa fílmica de Cronicamente Inviável: a absorção passiva das conformadas camadas populares através do ópio alienador das mercadorias fetichizadas na sociedade do espetáculo. As variadas formas de alienação social, abordadas no filme e analisadas através da articulação irônica do discurso verbal (diálogos e narrações em off) e do imagético (composições cênicas). Uma reflexão dessa questão sob a égide da critica do marxismo dialético de pensadores da tradição critica nacional, como Antonio Candido, Roberto Schwarz, Caio Prado e internacional, Fredric Jameson, Eric Hobsbawm e Adorno Theodor.

 

Hudson dos Santos Barros

Autobiografia e filosofia: um olhar sobre a técnica cartesiana

Orientador: João Camillo Penna

Linha de pesquisa: Estudo coloniais e pós-coloniais

Resumo: A presente comunicação objetiva discutir a relação entre a escrita autobiográfica e a transmissão da verdade por meio de uma exposição acerca da técnica utilizada por Descartes na fundamentação de sua teoria filosófica. Esta apresentação tem como apoio textual a obra Discurso do método, para que através desta, possa ser discutido o processo narrativo utilizado na elaboração do cogito, ergo sum. Para tal serão incorporados estudos produzidos por Genette, Romanowski e Todorov como suporte teórico. Trata-se, assim, de um trabalho sobre a ligação entre o modo de escrita e a veiculação de idéias, a narrativa e a certeza filosófica, enfim, entre a técnica literária e a filosofia.

 

José Mauricio da Silva

Em torno a uma pergunta de Heidegger

Área de Concentração: Poética

Orientador: Alberto Pucheu

Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

Resumo: A partir do texto de Heidegger Que é isto – a filosofia?”, procuramos refletir sobre o aspecto contraditório da impossibilidade, ou da insuficiência, de encontrarmos res_postas às questões do pensamento filosófico e poético. Contrariando o senso comum que diz que uma vez que não haja uma solução, também, não há o problema. Filosofia e poesia se nutrem dessa impossibilidade e da ausência de certezas para produzir suas investigações. O pensamento originário é uma ex_periência : só há com o reconhecimento das sua limitações e no esforço, nunca completado, do atravessamento dessses limites. Nos valemos também da poesia de Alberto Caieiro para iluminar nossas reflexões.

 

Juliano Gaeschlin Alonso

Figurações de Beatriz

Área de Concentração: Literatura Comparada

Orientador: Eduardo Coutinho

Linha de pesquisa do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais

Resumo: As figurações de Beatriz aqui apresentadas encontram-se sobre o suporte fotográfico, e fazem parte de um projeto maior que venho realizando em torno da seguinte proposta: fotografar personagens literárias. Neste trabalho, a fotografia, desvencilhando-se da reprodução meramente documental, filia-se à tradição da pintura de matrizes literárias. Busca-se manipular o instrumental técnico de modo que as luzes possam impor-se como grafia criativa, atuando na ficcionalização da modelo. As imagens são idealizadas a partir de textos clássicos, considerando-se também a fortuna crítica e as representações pictóricas realizadas em torno de cada personagem abordada, como, neste caso, a Beatriz de Dante. Desta forma, as fotografias se manifestam como retratos poéticos de entes literários, como possíveis instantâneos de sua vasta memória.

 

Laura Ribeiro da Silveira

Identidade e diferença nos jardins de Clarice

Resumo: O trabalho que ora apresentamos é fruto do cotejo entre considerações teóricas acerca de algumas questões discutidas ao longo do curso sobre cisões e decisões da Modernidade – dentre as quais destacamos identidade e diferença – e a leitura da obra de Clarice Lispector, da qual escolhemos os contos O Búfalo e Amor para a presente análise, ambos publicados primeiramente na coletânea Laços de família, de 1960. Nosso estudo parte, pois, da necessidade de se construir a identidade pós-moderna a partir, dentre outros, da diferença, evitando-se a freqüente abordagem dialética dos termos, característica da metafísica institucionalizada. Encontramos nos contos selecionados a comunhão das protagonistas com os bichos, o cego e as plantas, numa defesa não apenas da questão do unívoco, como também da importância do outro na construção do mesmo.

 

Leandro Gama Junqueira

“Travessias rosianas em Primeiras estórias

Resumo: Primeiras estórias é uma narrativa de travessias, ou seja, nela há certos procedimentos que poematizam a experiência humana e inserem o homem na concruz da existência . A força mágica da narrativa rosiana faz eclodir um mundo cheio de acenos poéticos. O tempo e o espaço deixam de ser profanos e se tornam sagrados, rompendo com o horizonte de expectativa racionalizada, através da negação do cronológico e do geográfico, o que possibilita a reatualização como forma de transcensão dos limites instituídos. O homem assume a condição de homo viator, ou seja, torna-se trans-humano, um ser-em-abertura, em travessia constante, firmando sua condição de projeto infinito e trajetorizando sua própria existência. As noções de imanência e de transcendência são substituídas pela a de transdescendência, que é a capacidade “de ir além em si mesmo”, isto é, provar da transcendência mais radical infiltrado profundamente na imanência. É fazendo a experiência da transdescendência que o homem dramatiza sua existência e se converte em personagente, psiquiartista, enfim, no homem da terceira margem, despontando num novo arranjo existencial. Torna-se um ser-em-travessia.

 

Leila Miccolis

Os entre-lugares da arte e pensamento do Poeta da Crueldade, Glauco Mattoso, com o Teatro da Crueldade de Antonin Artaud.

Área de Concentração: Teoria Literária

Orientador: Luiz Edmundo Bouças Coutinho

Linha de pesquisa do orientador: Leitura, texto e transdisciplinaridade

Resumo: A crueldade como componente preponderante do elo aproximativo da obra do poeta brasileiro contemporâneo Glauco Mattoso com o teatro do francês Antonin Artaud (1896 - 1948), através da utilização da estética da violência como elemento subversor/transgressor, capaz de propiciar transformações comportamentais libertadoras e/ou libertárias.

 

Lina Arao

Carnavalização em História de Garabombo, o invisível

Área de Concentração: Literatura Comparada

Orientador: Eduardo F. Coutinho

Linha de pesquisa do orientador: Estudos Culturais e Pós-Coloniais

Resumo: História de Garabombo, o invisível é o segundo romance d’A guerra silenciosa, ciclo de cinco romances escrito pelo peruano Manuel Scorza. Este trabalho pretende focalizar algumas imagens e ações carnavalescas presentes nessa obra, debruçando-se, sobretudo, nas questões referentes a aproximações de opostos, inversão de papéis e idéia de mundo “às avessas”. Também procura-se analisar as razões pelas quais a transposição dessa cosmovisão carnavalesca para a linguagem literária serviu aos objetivos de Scorza para o tratamento narrativo do referente de seu romance – os indígenas da serra andina como sujeitos capazes de falar por si mesmos.

 

Lívia Lemos Duarte

A malandragem em Cidade de Deus.

Área de Concentração: Semiologia

Orientador: André Bueno

Linha de pesquisa do orientador: Construção crítica da modernidade.

Resumo: Salgueirinho, personagem de Cidade de Deus do escritor Paulo Lins, representa no romance a figura de uma malandragem próxima ao universo do samba e da jogatina. Ele é fiel a sua escola de samba, valoriza regras de convivência entre os habitantes de onde vive, é sedutor, tem lábia e desfruta de certa popularidade entre as mulheres. Além disso, possui meios de exigir dos demais o seu próprio reconhecimento como líder. E, assim, como o bom chefe, o malandro desfruta da aceitação e do respeito daqueles que o circundam. Afinal, suas ações aproximam-se dos valores sustentados pelo universo do qual ele faz parte. Ao longo da narrativa, percebe-se que esse personagem dispõe de uma forma de legitimação sobre os outros, o que pode ser analisado à luz dos tipos ideais de dominação estudados por Max Weber. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é analisar a atuação do personagem Salgueirinho, no romance, à luz da teoria weberiana.

 

Luciana Souto Maior Tavares.

“Algumas conclusões sobre os mascaramentos de Jean Lorrain e Guy de Maupassant”

Área de Concentração: Ciência da Literatura

Orientador: Luiz Edmundo Bouças Coutinho

Linha de pesquisa do orientador: Imaginários Culturais e Literatura

Resumo: Esta comunicação pretende estabelecer uma comparação entre as obras La maison Philibert  (1881) e La maison Philibert (1904) dos escritores franceses Guy de Maupassant (castelo de Mirosmenil, Tourville-sur-Arques, Seine-Maritime, 1850 – Paris – 1893) e Jean Lorrain (Fécamp, 1855 – Nice, 1906). Este é fruto da leitura do pesquisador australiano Phillip Winn, um dos teóricos que utilizamos para nossos estudos.

O romance La maison Philibert consistiu em um pastiche do conto realista La maison Tellier, de Guy de Maupassant, entretanto é reducionista classificarmos La maison Philibert como mera imitação da obra do discípulo de Flaubert.

 

Luciane Said

Sensações de realidade no filme documentário

Área de Concentração: Literatura Comparada

Orientador: André Bueno

Linha de pesquisa do orientador: Literatura e Sociedade

Resumo: A discussão sobre a representação da realidade começa com Platão, passa por Aristóteles e Auerbach na literatura, e pula para a tela dos cinemas com a invenção dos irmãos Lumiére. Desde então, as incertezas entre o olhar do cinema ficcional e o olhar do cinema documentário – como os dois gêneros que nortearam a criação cinematográfica do século XX -, cristalizaram-se. No entanto, a expansão das fronteiras entre os gêneros abre uma brecha e permite a exploração de novos caminhos estéticos sensíveis, subjetivos, onde a “realidade” não está mais impressa no filme, mas, sim, na consciência do espectador e do cineasta.

 

Maria Aparecida Donato de Matos

Samba e oração: uma hermenêutica da resistência cultural brasileira

Área de Concentração: Poética

Orientador: Eduardo Portella

Linha de pesquisa do orientador: Caminhos do Pensamento Hoje: Novas Linguagens no Limite do Terceiro Milênio

Resumo: No cenário das diferentes formas de festejos de que o carnaval se beneficia, as Escolas de Samba são aquelas que, apoiadas nos princípios de liberdade permitida, se apropriam da festa em favor de sua cultura, transformando o lugar da ruptura no lugar do acontecimento. Nesse paralelo, inserem-se também os seus atributos essenciais: os mitos afrodescendentes. A comprovação da presença desses mitos, no interior dessa manifestação carnavalesca, acende a possibilidade de se pensar na existência de um movimento de resistência sedimentado pelo exercício da cultura africana, fincada em solo brasileiro pelo regime escravocrata. Suas narrativas abrem um precedente a uma nova etapa que se inaugura neste estudo: buscar decifrar os signos que marcam, comprovam e preservam a autoridade da africanidade brasileira, considerando-se que, ainda hoje, o samba, enquanto cultura, mantém uma relação inseparável com o sagrado no qual a presença feminina é fundamental.

 

Maria Beatriz Albernaz

A desgarrada: confissões de uma ex-professora primária no gênero educação (barra) literatura

Área de Concentração: Ciência da literatura

Orientador: Manuel Antonio de Castro

Resumo: Leitura de um texto especialmente preparado para o Seminário Nacional dos Professores Desgarrados por uma professora “sem moral” frente aos seus pequenos alunos, mas muito correta diante de seus princípios liberais. Ou seja: é uma brincadeira literária sobre o jogo de poder na sala de aula, seguida de alguns comentários sobre a possível e a impossível relação da educação com a poética.

 

Maria Cristina Rezende

Um novo olhar para o lugar dos Xavante na Pós-Modernidade

 

Maria José Ladeira Garcia

As águas de Mnemósine em 'À procura dos motivos' de Oswaldo França Júnior

Área de Concentração:teoria da Literatura

Orientador:Angélica Soares

Linha de pesquisa do orientador: Memorialismo poético

Resumo: A memória como aliada fiel para a reconstrução do passado. A simbologia da água, elemento de purificação e renascimento da vida. Através do reino da imaginação, a água ainda considerada imagem da alma, origem da vida interior e da energia espiritual.O estudo da água na narrativa franciana, visando a determinar a substância das imagens poéticas e a adequação das formas às matérias fundamentais por ser um suporte de imagens, tornando-se, pouco a pouco, uma contemplação, um elemento da imaginação materializante. A presença de mergulho em água do rio, revelando a necessidade de purificação para se livrar da sujeira do mundo e para se conhecer a si mesmo. 

 

Maria Lucia Guimarães de Faria

Do cômico ao excelso: um prefácio rosiano

Área de Concentração: Poética

Orientador: Prof. Dr. Manuel Antonio de Castro

Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

Resumo: “Do cômico ao excelso” é uma exegese de “Aletria e Hermenêutica”, primeiro prefácio do livro Tutaméia, de Guimarães Rosa. Inicialmente, explicita-se que o prefácio é o “domínio do autor” e enfatiza-se a originalidade de um autor que se prefacia quatro vezes. Em seguida, demonstra-se que os prefácios são “parábases” e explica-se a importância dessa figura, que remonta à antiga comédia grega. Finalmente, volta-se o olhar especificamente para o primeiro prefácio, ressaltando basicamente: a) em que medida Tutaméia é uma aletria e uma hermenêutica; b) por que as estórias se assemelham a anedotas; c) o que são “anedotas de abstração”; d) a operação poética segundo a qual as estórias animam um trajeto que vai do nada ao tudo.

 

Maria Luiza Franco Busse

A arte da pergunta: o jornalismo no interstício do texto de Edgar Allan Poe

Área de Concentração: Semiologia

Orientador: André Bueno

Resumo: Toda pergunta implica intenções. Se não muitas, ao menos alguma. Por que o comissário encarregado do caso não conseguiu desvendar o mistério do crime brutal que vitimou mãe e filha, e descobrir o assassino que deixou as duas mulheres em petição de miséria em um dos cômodos da casa em que residiam? E por que os jornais deram como certa a culpa do homem que as visitava? Os assassinatos da rua Morgue, conto de Edgar Allan Poe, faz a semiologia da opinião comum reificada que inibe a inteligência e anula a criatividade, apesar mesmo da evidência das provas materiais capazes de comprovar “cientificamente” a possibilidade da lógica para-doxa. De acordo com o cavaleiro curioso e independente que soluciona o problema, a resposta está na forma de agir desse corpo social que exercita a prática política do “nega o que e explica o que não é”.  

 

Mariana Gesteira da Silva

Literatura e cinema: do sertão à favela

Área de Concentração: Literatura Comparada

Orientadores: Eduardo F. Coutinho, Heloísa Buarque de Hollanda

Linha de pesquisa do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais

Resumo: A literatura e o cinema, no Brasil,  apesar do diálogo inconstante ao longo do século XX, mantiveram-se compartilhando os mesmos temas sociais em determinados momentos. Na década de 1960, o relacionamento entre Cinema Novo e literatura regionalista marcava um projeto de construção de nação na qual o sertão era mostrado como matriz da identidade nacional. A partir da década de 1990, os temas sociais foram retomados na literatura e no cinema, porém centrados cada vez mais no local, com as favelas, e a periferia, passando ao foco principal. Deste modo, pretendemos discutir os temas do sertão e da favela, na literatura e no cinema brasileiros, como parte dum mesmo processo, em que se mostram diferentes imagens da representação da pobreza de acordo com sua época.

 

Mauro Cézar de Souza Junior

O Chamado Selvagem da Sobrenatureza: Leonardo Fróes e Gary Snyder

Resumo: A presente comunicação propõe um diálogo entre as poéticas de Leonardo Fróes e Gary Snyder, focalizando a relação que ambas estabelecem entre a poesia e a natureza enquanto potências capazes de obliterar certas limitações impostas pelo paradigma ocidental, como a personalidade e a razão, possibilitando outras maneiras de se estar no mundo.

 

Mônica Amim

Babylon: a Cocanha pós-moderna de Zeca Baleiro

Área de Concentração:Literatura Comparada

Orientador: Eduardo Coutinho

Resumo: Segundo Hilário Franco Júnior (1992) as utopias são o maior exercício possível de liberdade humana, tendo em vista que representam a negação de um presente medíocre e sufocante. Nesse sentido, a Utopia da Abundância – representada pela Terra da Cocanha – exercia ,no período medieval, a dupla função de resistência e transgressão a conjuntura de então (como várias outras utopias do período). Sendo a utopia a expressão dos desejos coletivos de uma perfeição a ser conquistada, este trabalho tem como objetivo principal discutir a atualização da Utopia da Abundância na presente conjuntura – representada pela economia globalizada e pelo capitalismo das grandes corporações –, através de uma canção, Babylon, de Zeca Baleiro.Pretendemos ainda investigar como se dá, no imaginário coletivo do homem pós-moderno, a construção de uma Utopia da Abundância em meio a um cotidiano de desigualdade, fome, miséria e incentivo ao consumo desenfreado, levando em conta o papel desempenhado pelos aspectos ideológicos e míticos neste processo de construção.

 

Raiff Magno

Água, Mar e Lua: imagens maternais nas composições de Caetano Veloso.

Orientadora: Helena Parente Cunha

Linha de Pesquisa: Imaginários culturais e Literatura

Resumo: A presente comunicação tem como objetivo maior investigar a simbologia de três imagens do universo maternal: ÁGUA, MAR e LUA nas composiões de Caetano Veloso. A partir do diálogo com o mito e a psicanálise, iremos discutir a dimensão desses três símbolos na poética do compositor baiano, confirmando nossa temática do mito da GRANDE MÃE e do ETERNO FEMININO nas canções do compositor.

 

Reheniglei Rehem

Mapas imaginários, cidades visíveis. Ou vice-versa?

Área de Concentração: Semiologia

Orientador:  Angélica Soares

Resumo: A partir da Semiótica Cartográfica de Charles Sanders Pearce e das impressões de leitura do romance “As Cidades Invisíveis” de Italo Calvino, propõe-se o contraponto: Lilliput, Utopia, Pasárgada... cidades imaginárias que podem ser consideradas – no contexto histórico atual – mais “reais”, mais “completas” e  mais “humanas” do que alguns lugares do Brasil, da África e do leste europeu.

 

Renata Ribeiro Tavares da Silva

O que é Filosofia?

Área de Concentração: Poética

Orientador: Manuel Antônio de Castro

Linha de pesquisa do orientador: Poéticas das linguagens

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo a reflexão acerca das práticas da Filosofia, no contexto das inúmeras experiências possíveis ao pensamento. Trata, então da aproximação da Filosofia e da Poesia, especialmente a promovida por Nietzsche em seu Zaratustra, considerado-se este como a realização poética do que Nietzsche afirmava em sua Filosofia.

O que é Filosofia? Decerto, é uma forma de questionamento do real. Mas a Filosofia é a única maneira de se questionar o real? Queremos chamar à atenção que esta pergunta tem uma resposta negativa apoiada em filósofos de grande importância, e não exclusivamente em poetas. E que esta resposta negativa nos abre os olhos para a dimensão da ambigüidade da palavra, da liberdade essencial do pensamento e do mistério inerente à vida em todas as suas manifestações, o que é, afinal, também o fulcro da busca verdadeiramente filosófica.

 

Stella Maria Ferreira

A Rebeldia do Corpus Wildiano

Área de Concentração: Poética

Orientador: Prof. Dr. Luiz Edmundo Bouças Coutinho

Resumo: Oscar Wilde – esteta, excêntrico, dramaturgo, dândi, poeta, pária, autor de um único romance -, encontrou a harmonia na fronteira com um olhar que não se deteve nos códigos, exercitando o mergulho num mundo onde o imaginário artístico completa a vida. Sempre mascarado, corpo plural, ultrapassa-se ao lapidar um discurso de desejo orquestrado para elevação ao plano do real. Assumiu, assim, o destino de seus personagens, instituindo um novo papel para o artista – o de ser obra de arte.

 

Tatiana Pequeno da Silva

Clarice: Uma aprendizagem ou a pedagogia dos prazeres

Área de Concentração: Literatura Portuguesa

Orientador: Jorge Fernandes da Silveira

Resumo: Lóri e Ulisses são os protagonistas da obra Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector. Ambos atravessam uma Noite Escura, na qual precisam entender os limites ontológicos de suas dimensões. Lóri é a sereia que por meio de seu canto, orienta Ulisses, professor de Filosofia e até então um Mestre das navegações existenciais. São os embates dolorosos causados por este encontro que nesta comunicação pretendemos investigar, utilizando para isto o texto O Canto das Sereias, de Maurice Blanchot e alguns conceitos e idéias, levantados sobretudo por Adorno em relação à questão da pedagogia, já que para Clarice aprender é necessariamente uma experiência de mistérios gozosos.

 

Venus Brasileira Couy

Sade: da retórica sob medida ao gozo desmedido

Área de Concentração: Teoria da Literatura

Orientador: Ana Alencar

Linha de pesquisa do orientador: Narrativas da modernidade

Resumo: Em A filosofia na alcova é a retórica sob medida que conduz a prática libertina. Este trabalho aborda a eficácia do discurso sadiano, que percorre da carne dolorida ao verbo esfolado, da palavra crua ao corpo mutilado.

 

Wellington Augusto da Silva

Álvaro de Campos, a moderna crítica da Modernidade

Área de Concentração: Teoria Literária

Orientador: Luis Alberto Nogueira Alves

Linha de pesquisa do orientador: Construção Crítica da Modernidade

Resumo: O trabalho é um estudo do poema Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa, de Álvaro de Campos, um dos três mais famosos heterônimos de Fernando Pessoa. Pretendemos demonstrar o poema como crítica à modernidade capitalista periférica, suas implicações à subjetividade bem como aos desdobramentos estéticos. Para tal, utilizamos os ensinamentos de Theodor Adorno contidos em seu ensaio “Palestra sobre lírica e sociedade” no qual há importantes discussões sobre a posição da poesia lírica na modernidade.


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