BORIS GODUNOV : TEMPOS TURBULENTOS NO PASSADO E A AURORA DOS TEMPOS MODERNOS.

 

Luciana Oliveira de Barros

Mestranda/ UFRJ

 

 

O poder está em toda parte; não porque englobe tudo e sim porque provém de todos os lugares. E o poder , no que tem de permanente, de repetitivo, de inerte, de auto-reprodutor, é apenas feito de conjunto, esboçado a partir de todas essas mobilidades, encadeamento que se apóia em cada uma delas e, em troca, procura fixá-las. Sem dúvida, devemos ser nominalistas: o poder não é uma instituição e nem uma estrutura, não é uma certa potência de que alguns sejam dotados: é o nome dado a uma situação estratégica complexa numa sociedade determinada”

Foucault (1997:89)

 

 

Aleksander Pushkin é reconhecido como pai da literatura russa. Acadêmicos sempre comparam o impacto que ele teve na literatura nacional ao que Shakespeare teve na literatura inglesa. Entretanto, a significância de Pushkin para a literatura russa é muito maior. Antes, a literatura russa limitava-se a contos e algumas poesias e dramas, reproduzindo a forma ocidental. Pushkin mudou isso. Numa carreira construída nos vinte anos, Pushkin estabeleceu uma linguagem literária moderna à Rússia. Criou poemas e contos, libertou a literatura russa das convenções impostas pelas demais línguas européias, em especial, à francesa criando, assim, uma literatura unicamente russa em forma e conteúdo.

 

Nascido em 1799, Pushkin teve uma vida aristocrática e, em muitas de suas obras, apresenta-nos um caráter revolucionário. Mesmo com uma vida curta, Pushkin incomodou muitos governantes com seus pensamentos nada ortodoxos que provocaram sua ida para o exílio, onde teve a oportunidade de conhecer o sul da Rússia, fato que lhe proporcionou o encontro com um estilo romântico próprio, mesclando a solidão e a amargura do herói europeu com o gosto por uma vida simples.

 

O que faria, então, Pushkin frente ao impasse determinista e absolutista de sua época? Quando todas as pressões trabalham no sentido do aviltamento pessoal e coletivo, o que acontece com a ética e com o juízo? Serão eles uma pressão contrária, um fator irrelevante ou uma forma de encobrimento de dilemas importantes? Com o intuito de entender e responder a essas questões traçaremos um paralelo entre o poeta russo e a filósofa germano- americana Hannah Arendt com seus pensamentos político- estéticos. A priori , consideremos que os dois partem do princípio de que a ética e o juízo trabalham, dentro da mente, como uma maneira de se encobrir dilemas comportamentais, sociais e políticos.

 

Na obra Boris Godunov , de Pushkin o tema inicia-se após a morte do tsar Ivan IV, o Terrível, primeiro tsar russo em 1584, passando o trono para seu filho Fiodor, rapaz frágil e despreparado para governar. Alguns anos depois, em 1591 o outro filho de Ivan, Dmitri, oriundo de seu sétimo casamento é assassinado e a suspeita recai sobre Godunov, então conselheiro do reino, que teria o caminho facilitado caso tivesse apenas que disputar o trono com o já doente Fiodor. Sem surpresas, em 1598, Fiodor morre e Boris Godunov, cunhado de Ivan, assume o trono russo depois de uma pressão popular. Em 1603, o jovem plebeu Gregory se intera da misteriosa morte do herdeiro Dmitri, que tinha aparentemente a sua mesma idade, e resolve assumir a identidade do jovem assassinado. Munido de uma audácia despreocupada e cinismo, Gregory resolve clamar pelo trono russo como se fosse o filho pródigo. Evidentemente, os boyards Shuiski e Pushkin, então aliados de Godunov, vêem no jovem a grande oportunidade de desestabilizar e enfraquecer o reinado vigente que já submetia o povo a uma situação miserável.

 

Gregory apaixona-se pela linda e ambiciosa Marina, filha de um nobre polonês, a quem ele revela sua usurpação. Marina opta por ignorar o fato e o incentiva a marchar para Moscou para já se proclamar o novo tsar. O boato que o herdeiro está vivo se espalha rápido. A tropa de Gregory (Dmitri) avança e desafia o exército de Godunov que repreende os invasores brutalmente. Mesmo com a vitória, Godunov ainda teme a agitação popular que cobra melhorias. Mesmo com a saúde vitimada, ele adverte seu filho Fiodor II que Gregory (Dmitri) é um impostor e adianta que ele deve preparar-se para mais uma defesa. A essa altura Godunov já havia falecido, mas pedira que seu filho indicasse o boyard Shuiski como conselheiro e Basmanov como chefe do exército. Tal aliança é fatal, pois Basmanov era o leal informante de Greogry (Dmitri). Sem saber da traição a tempo, Fiodor II é assassinado e Gregory (Dmitri) é alçado ao trono mesmo contra a vontade popular.

 

Casado com Marina, Gregory (Dmitri) reina até 1610, quando é morto em emboscada. Finalmente, Shiuski assume o poder e reina até 1613 quando surge Mikhail, o primeiro Romanov. O jogo de intrigas e a obsessão pelo poder evocam uma atmosfera de desinteresse total para com o povo que era o principal interessado num governo ético e coerente, já que o que tinham para ver era a barbárie e a descrença.

 

Qual teria sido a intenção que motivou Pushkin a escrever sobre um momento tão nefasto da história da russa? Como os leitores dos séculos posteriores interpretariam esse drama? Certamente a visão dele sobre os “tempos turbulentos” apresentava uma temática extremamente atual para os tempos em que ele vivia, à beira do movimento dezembrista. Assim, se cria Boris Godunov, onde se ouve um grito de insurreição popular e um clamor de resgate da memória russa. Fica, então, clara a barbárie que sofreu o povo russo mediante a ambição desgovernada dos homens que se julgavam no direito de reinarem absolutos. Por essas disputas vis, a Rússia mergulhou no que os historiadores nomearam de Tempos Turbulentos . Tempos de trevas que assolaram o povo com todo o tipo de mal. Uma lembrança que deixou marcas profundas e que conduziu o povo russo a novas guerras, novas cicatrizes de lembranças que ferem quando são lembradas e quando são esquecidas.

 

Tendo esse espírito de luta latente na alma, Pushkin desenvolve tanto na sua personalidade quanto em sua poesia um sentimento de desobediência civil. Disposto a fazer eclodir no povo russo brios próprios, o poeta tenta unir, em Boris Godunov, o conceito de ética com o de política. A partir da desobediência civil é possível se pensar uma ética relacionada a uma perspectiva de resistência e não à passividade, própria aos consensualismos egocêntricos da época. Segundo Hannah Arendt, isso significa compreender os movimentos de desobediência civil como movimentos de resistência ao naturalismo nas relações de dominação e à indiferença política das sociedades. Na fala do personagem Pushkin, conselheiro do falso Dmitri, fica clara a preocupação com os rumos do reinado de Godunov e que algo deveria ser feito rapidamente.

 

“Com tamanha tempestade, ficará difícil para o tsar Boris

Manter a coroa em sua sábia cabeça

E ele mereceu! Ele nos dirige,

Como o tsar Ivan (é melhor nem lembrar dele nessa hora)

Que benefício tem naquilo em que não há execuções públicas

Tais que, nós, com a estaca ensangüentada,

Não cantamos publicamente cânones para Jesus,

Que não nos queimem em praça pública

Será que nós temos alguma certeza em nossa pobre vida?

A cada dia a desgraça nos espera, (...)”

 

A nobreza russa que ergueu o “progresso” como valor absoluto, privilegiou sempre o individual e a afirmação de uma perspectiva anti- civilizatória e de anonimato nos contatos inter- relacionais, o que deixou o povo à margem do querer político e à mercê dos desmandos individuais tsaristas que se tornavam cada vez mais incontroláveis e cruéis. Por isso, os movimento de desobediência civil, insurreição popular, mostraram-se expansivos, retomadores das capacidades humanas para a liberdade de ação em contraposição ao cotidiano controlador das sociedades. Em Boris Godunov , a dimensão ética da desobediência civil é imanente à sua constituição, onde também coexiste a desobediência criminosa, o criminoso, que transgride a lei em causa própria, como se expressa na passagem do primeiro ato da peça pelas palavras de Vorontinski a Shuiski sobre a suposta culpa de Boris no assassinato do jovem Dmitri:

 

 

“Terrível maldade! Chega! Será que

Boris acabou com o tsarevitch Dmitri?”

 

A ação de Shuiski, mesmo que obscura, não é guiada por questões relacionadas ao bem comum, mas motivada pelo auto-interesse. Arendt distingue também a desobediência civil da objeção de consciência, institutos não raras vezes colocados no mesmo patamar. O objetor de consciência é aquele que transgride a lei por uma questão de foro íntimo. No caso de Pushkin, a objeção à lei é motivada por valores morais ou éticos. Ele, como objetor, lança mão de sua poesia para desobrigar-se de praticar determinadas exigências “legais” porque estas se contrapõem às suas convicções pessoais. Pushkin é um objetor de consciência que segue a moral do “bom cidadão” ao passo que o algoz de seu povo, Godunov, é o estopim de um ranso e rastro de cobiça por terras fortuitas. O poeta é guiado pelas virtudes políticas e pela capacidade de se desprender do auto-interesse e de se ocupar com o mundo comum. Através da voz do povo presente em Boris Godunov , Pushkin se contrapõe à maioria dominante e aposta em sua literatura como uma nova base cuja perspectiva é de integração dos níveis sociais e públicos. Arendt afirma que um homem mau pode ser um bom cidadão em um Estado que seja bom porque quando o indivíduo age de forma moralmente recriminável, ele quer para si uma exceção. Ninguém universaliza o mal porque ele não pode tornar-se uma lei universal. Em um lapso de consciência Boris Godunov, no leito morte, alerta o filho Fiódor sobre o perigo do poder descomunal, mas insiste que a dinastia deveria ser mantida. Mas até mesmo numa raça de demônios o Estado pode ser organizado, isto se os governantes forem inteligentes. Esta exigência de inteligência é condição porque caso alguém queira ser exceção à lei só poderá fazê-lo secretamente e sorrateiramente como na obra. O resultado é que publicamente a atitude será idêntica a que assumiriam sem tais planos pré-determinados já que a política é dependente da “conduta pública”(ARENDT, 1993, p. 26). 

 

A atualidade da obra é evidente, principalmente, porque Pushkin não utiliza o fato histórico para criar esteriótipo cênico, mas para nos contar um fato fidedigno de uma história real. É uma volta ao passado para pensar o futuro. Lidando com a história, com reinado do tsar Godunov, Pushkin violou a unidade do local em Boris Godunov . Em vinte e três cenas, a peça apresenta vinte diferentes locações. As cenas mudam rápida e sucessivamente entre Moscou e a fronteira entre a Polônia e a Lituânia. Pela obra nós visitamos vários espaços públicos como o Kremilin, monastérios, florestas, campos de batalha e até mesmo uma rústica taverna. Essas mudanças de local raramente recebem algum diálogo. Pushkin escreve a locação no início das cenas, mas não permite que seus personagens nos digam onde eles estão.

 

A mais significativa violação das regras encontra-se na estrutura da trama. Boris Godunov gira em torno de um conflito, a luta pelo trono russo. Entretanto, Pushkin somente vislumbra acontecimentos suficientes para revelar certos detalhes do personagem e da história. Nem o tsar Boris nem o impostor Dmitri têm a chance de tentar resolver seus conflitos. Os dois antagonistas nunca se encontraram num embate. Boris simplesmente morre na cena vinte sem nenhum alarde cênico. Os servos apenas dizem: “Está doente. Está morrendo”. O falso Dmitri também não possui grande destaque. Sua última cena é simples e discreta. Depois ele não aparece mais, mesmo que a peça subentenda a sua aparente vitória em conseguir o trono russo no final. Isso tudo porque a intenção do autor é chamar atenção para a luta desgovernada por um poder imperialista já desgastado. Pushkin estava criando uma peça que se tornou oposta ao tradicionalismo e a favor de uma que entrelaçou seus conceitos de seu precoce realismo histórico nacional. Nesse poema, Pushkin quis capturar a essência de fatos já ocorridos nas esferas pública e privada, que conviviam no senso comum. O poeta dramático deveria ser “imparcial com o destino”e Pushkin representa este ideal em Boris Godunov .

 

Para Arendt, o sensus communis é principal elo entre ambas as esferas, a pública e a privada, e é nele onde residem os juízos do conhecimento atrelados ao entendimento, ou dos juízos morais e a obrigatoriedade do imperativo. As duas esferas proporcionam ao indivíduo a possibilidade de contemplar a perspectiva dos outros. Na obra Boris Godunov , duas perspectivas coexistiam, mas só a do tsar prevalecia e o povo continuava à míngua. A situação paupérrima fez com que o prisma de justiça e igualdade se tornassem primordiais contra atos bárbaros e nada persuasivos. Com isso, o juízo assume, no espaço público, a função de crítico do poder oficial estabelecendo limites. É visível a contraposição que Arendt procura estabelecer entre o conceito pragmático moderno de política, que valoriza a lógica do poder e da estratégia, de um lado e, de outro, a idéia de política como prática coletiva efetivada no espaço público de forma comunicativa e transparente. Nota-se que Arendt busca afastar-se dos juízos determinantes por estes não admitirem a pluralidade e a mutabilidade que são características específicas da política e que implicam, em muitos casos, processos persuasivos que atendem a uma demanda sedenta por poder, como a de Marina, esposa de Dmitri, o farsante.

 

“ Espere príncipe. Finalmente,

Escuto eu, agora, um discurso não de um menino, mas de um homem.

E com isso eu te aceito.

O seu ímpeto insensato, eu esqueço

E de novo percebo em você o tsar Dimitri. Porém – escute:

Está na hora, Está na hora! Acorde, não demore mais;

Conduza os exércitos logo à Moscou -

Esvazie o Kremlin, ocupe o trono moscovita,

E então mande um pedido de casamento até a mim;

Mas – Deus é testemunha – enquanto a sua perna

Não se apoiar nos degraus do trono,

Enquanto Godunov não for por ti derrubado,

Não ouvirei palavras de amor”

 

A característica fundamental do juízo político está, para Arendt, na liberdade que o mesmo possui e que provoca não à obediência à ditames pré-determinados, mas a busca pelo consenso entre as diversas perspectivas que versam sobre temas de interesse comum. Portanto, a estrutura dos juízos políticos é condição de possibilidade para que o espaço público possa se constituir abrindo um caminho para a livre manifestação, publicidade, debate e crítica. Pushkin se enquadra perfeitamente nesta definição quando é apontado como mentor intelectual do movimento dezembrista. Para ele, o estudo das rebeliões do passado tinha revelado que sempre coubera ao povo o papel principal e decisivo nessas situações. A conseqüência desta postura é um exercício reflexivo contínuo da racionalidade que deve analisar não apenas os argumentos dos demais, mas também das próprias noções.

 

Em Boris Godunov , todos os dogmas do absolutismo tsarista foram danosos à nação russa. A busca pelo lucro foi o egoísmo faminto. Tanto Godunov quanto Shuiski, Dmitri ou Marina lutaram cegamente pelo direito à propriedade e assim, detiveram o direito de excluir. O regime monárquico embaraça a unidade visível do povo impondo-lhe uma mentalidade administrativa que o sufoca. O poema revela uma preocupação com o social, com a unidade, mas o poder universal concedido a poucos, desrespeita e humilha. O tsar Godunov não foi um membro eminente saído de um consenso honesto, mas foi um ilustre desconhecido, um interventor, que veio de fora para ficar por fora. Por isso, os boyards agiram como delegados do tsar, delegando funções, mentindo e traindo. A pobreza morava em guetos e era densa. O contraste era o retrato da Rússia. Havia, em Boris Godunov , ânsias de se travestir de profetas e, ardilosamente, condenar não os pecados do povo, mas os pecados contra o povo. Os caminhos para Pushkin seriam arenosos porque sua pregação morreu com um tiro certeiro no peito, porém, sua missão não jaz em tábulas rasas: já que estão vivas, presentes e atuantes na memória da coletividade.

 

Pushkin nega veemente o princípio da arte pela arte, pois vai além: a arte não existe à margem da vida, não é um mundo paralelo ao qual só os artistas devem ter acesso. A arte é um componente vital e não um adorno para o deleite individual em momentos de ócio. Se a arte não está devidamente sentida na vida e nela fortalecida, é uma arte incompleta, uma mistificação. Quem quer construir a arte teoricamente, pelos seus parâmetros, rebaixa- a e se atribui poderes que a ninguém competem, nem mesmo ao melhor artista. E, sem dúvida, esse não era o pensamento de Pushkin que lutava por uma arte coletiva.

 

A riqueza da alma é o prelúdio da arte. Na Rússia, onde séculos de esforço acumularam meios para o luxo e o ócio, a cultura apareceu por uma necessidade social, como uma vegetação que brota da terra sedenta por alento. Boris Godunov veio para tornar-nos ricos. Ricos de pensamentos e sentimentos, para crescermos. Sem dúvida, nosso crescimento como homens ideais é mais rápido do que o usual das nações e a desordem das nossas almas é devida à rapidez do nosso desenvolvimento intelectual. Somos como pessoas perturbadas e desequilibradas por um instante, em conseqüência de um crescimento súbito. Mas, ao lermos Pushkin, nossa maturidade virá logo. Nosso espírito, um dia, se emparelhará com o nosso corpo, e a nossa cultura russa como nossas riquezas. Talvez almas maiores como a de Pushkin, estejam esperando para nascer, sabendo que quando aprendemos a reverenciar a liberdade tanto quanto reverenciamos nossa cultura, então veremos a nossa Renascença.

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

ARENDT, Hannah Lições sobre a filosofia política de Kant . Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993.

 

 __________. A condição humana . 4.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,  1989.

      

 

BENJAMIN, Walter. Sobre o Conceito de História. In: Magia , técnica , arte e política . Ensaios sobre literatura, e história da cultura. São Paulo, Brasiliense. 1996

 

FOUCAULT, M. Microfisica do Poder . Rio de Janeiro, Graal. 1997 

 

GREENLEAF, Monika. Pushkin and Romantic Fashion . Stanford University Press, California . 1994

 

 GUIBERNAU, Montserrat. Nacionalismos . O Estado N acional e o Nacionalismo no século XX . Trad. Mauro Gama e Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora. 1997

 

HABERMAS, Jürgem. O conceito de poder de Hannah Arendt . In: FREITAG, Bárbara; ROUANET, Sérgio P.(org.). São Paulo: Ática, 1990.  

  

 

KULENKAMPFF, Jens. A estética kantiana entre antropologia e filosofia transcendental .  In: DUARTE, Rodrigo (Org.). Belo, Sublime e Kant . Belo Horizonte: UFMG, 1998.

 

 

PUSHKIN, A. Boris Godunov . Maskvá: Maskvá, 1981

 

 

WOLFF, Tatiana. Pushkin on Literature . The Athlone Press, London . 1986

voltar