A incansável busca do
amor: uma análise do adultério feminino
Viviane Arena Figueiredo
A
questão da infidelidade conjugal nos remete a uma série de problemas ligados
diretamente ao relacionamento marido-esposa e ao convívio
Dessa forma, a condição para um bom
relacionamento acaba sendo também moldada pela visão que temos da relação,
geralmente determinado pela satisfação de nossas próprias necessidades
pessoais.
Por outro lado, somos condicionados a
aceitarmos valores que nos exigem um maior empenho de nossas atitudes em prol
do sucesso a ser obtido em uma relação conjugal. Sendo assim, muitas vezes nos
sentimos obrigados a seguir apenas a conduta que a sociedade determina como
adequada, segundo as conveniências morais.
Fugir desse modelo significa infringir
padrões determinados, desacatarmos as normas silenciosas que regulam nossa vida
cotidiana, colocando nossas vontades acima de regras que se tornaram
legitimadas socialmente como adequadas à vida em sociedade.
Observamos constantemente que certas infrações
cometidas por um transgressor acabam recebendo uma dose de corretivo, a fim de
que a norma vigente seja prontamente restabelecida.
Não é por acaso então, que a maioria das
obras que apresentam como principal questão a infidelidade feminina tem por fim
um desfecho revelador, no qual as personagens adúlteras são punidas de alguma
forma pela sua ousadia. Geralmente, tais mulheres encontram como destino certo
a morte, a loucura ou a solidão.
Durante o século XIX, por exemplo, romances
como Anna Karenina, Madame Bovary e O primo Basílio retrataram
tal tema de forma a tocar em certos problemas relevantes em uma vida marital,
tais quais a acomodação dos cônjuges ao longo da
relação, a idealização habitual de fantasias românticas e a decepção com o
desenrolar do relacionamento.
Cabe aqui chamar atenção para o fato que
em tais romances, a mulher é apresentada com um olhar crítico sobre ideal de
vida
Boa parte de suas desilusões encontra-se
principalmente no plano afetivo; a esposa descobre-se não tão interessante aos olhos do marido, os filhos e os afazeres
domésticos ocupam a maior parte de seu tempo, apenas as preocupações
domésticas são divididas com seu companheiro. Acaba não restando mais tempo
para cultivar a paixão idealizada muito antes do matrimônio.
Assim, percebemos em tais romances,
casamentos que por si só começam mornos, e que vão esfriando com a convivência
diária, provocando uma certa indiferença por parte dos
cônjuges.
Esse desgaste da relação conjugal será
enfatizado em A falência (1901) pela escritora brasileira Júlia Lopes de
Almeida. A autora, que por muito tempo fora esquecida pelo cânone literário,
retrata em tal romance o tema do adultério não só como a busca de uma
idealização amorosa, mas também como uma conseqüência dos muitos matrimônios
arranjados através da prática de acordos entre famílias que ocorreram de forma
freqüente até início do século XX.
Como não poderia deixar de ser, em A
falência a mola propulsora desse adormecimento matrimonial se encontra
baseada no casamento por conveniência, que ocorre entre Camila e Francisco
Teodoro logo no início do romance.
Mesmo nos primeiros anos de casamento, o
relacionamento entre o casal é apresentado de um modo conformado,
sem maiores expectativas afetivas: “Tinham-se acostumado um ao outro;
viviam em paz [...]” (Almeida: 2003, 48). A paz descrita por Francisco Teodoro, constitui-se para Camila como uma verdadeira monotonia que
a induz a cometer o adultério.
Camila descobrirá a possibilidade de
poder viver plenamente uma relação afetiva a partir de sua proximidade com o
Dr. Gervásio. Ao perceber a admiração do médico, ela passa a conhecer a
necessidade de sentir-se amada, confirmando a tese de Barthes em que “amamos o
amor” (Barthes: 2003, 28).
A protagonista acaba vivendo um
relacionamento projetando na figura do amante todas as expectativas relativas
ao sentimento do amor que não vive em seu casamento.
É assim, que em certos pontos, podemos
perceber uma aproximação entre as personagens Camila e Emma Bovary. Ambas,
tentam preencher com o amor e a admiração alheia, o vazio que sentem em suas
vidas.
Podemos assim comparar duas passagens
presentes em ambos os romances que confirmam tal semelhança de atitude das
personagens; Camila, ao final de A falência finalmente confessa a sua
verdadeira forma de viver o amor: “Maldita natureza que fizera a ela só para o
amor!” (Almeida: 2003, 353). Já, Emma Bovary tem a
plena consciência que sua carência parte de sua insatisfação ante a maneira de
encarar a vida:
“Sentia
necessidade de poder tirar das coisas uma espécie de proveito próprio, e
repelir tudo que não contribuísse para a alegria imediata do coração, porque
tinha um temperamento mais sentimental que artístico, procurando emoções e não
paisagens” (Flaubert: 2005, 50).
Porém, é necessário ressaltar que
diferente de Camila, Emma Bovary persegue um significado de vida que beira os limites entre a realidade e a ilusão; seu ideal de vida é
baseado nos romances que lera durante sua juventude, nos quais as suas
personagens favoritas eram mulheres, que através da transgressão das normas
vigentes, conseguiram imprimir em suas vidas um sentido verdadeiro.
Por outro lado, Camila não se deixa
seduzir pela ilusão dos textos romanescos; Camila percebe que as heroínas
transgressoras acabam recebendo as suas parcelas de castigo por sua ousadia.
Assim, a protagonista de A falência questiona o desfecho de romances nos
quais prevalece a punição das esposas adúlteras:
“[...]
Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por
tudo – como se não pagássemos cara a felicidade que fruímos! Nesses livros
tenho sempre medo do fim; revolto-me contra os castigos que eles infligem às
nossas culpas, e desespero-me por não poder gritar-lhes: hipócritas!
Hipócritas! Leve o seu livro; não me torne a trazer desses romances. Basta-me o
nosso, para eu ter medo do fim”. (Almeida: 2003, 71/72)
Os pontos de contato entre os romances Madame Bovary e A falência vão
além do adultério cometido pelas protagonistas; percebemos certas semelhanças
desde o casamento entre ambos os casais de tais romances até os comportamentos
de Emma e Camila frente a certas situações apresentadas nas narrativas.
De modo a apontar tais pontos de
afinidade entre os textos podemos tomar como exemplo o casamento entre Camila e
Francisco Teodoro; para que tal evento ocorra é necessário
a intervenção do amigo de Teodoro, que sabendo das pretensões do rapaz, não
exita em arranjar-lhe uma esposa. No romance Madame Bovary, o pai de
Emma vai aos poucos induzindo Charles a contrair matrimônio com sua filha:
“Quando
notou que Charles corava junto a sua filha, o que significava que qualquer dia
a pediria em casamento, examinou previamente a expectativa; diziam que se
portava bem, que era econômico, muito instruído e, sem
dúvida, não discutiria muito sobre o dote” (Flaubert: 2005, 37)
Percebe-se
que em nenhum momento há a alusão a qualquer tipo de afinidade amorosa entre o
casal. Em relação à mãe de Camila e ao pai de Charles Bovary o que realmente
contava era assegurar o futuro material das filhas.
É de se notar que ambas as
protagonistas, enquanto solteiras, levavam uma vida sem maiores perspectivas, e
o casamento, naquele momento, fora um meio de livrá-las do tédio em que se
encontravam. No caso de Camila, o matrimônio com Francisco Teodoro reservou-lhe
a possibilidade de continuar vivendo no Rio de Janeiro, desfrutando do conforto
que nunca teria se continuasse solteira. Já, Emma Bovary deposita toda sua
esperança de felicidade no relacionamento que poderia ter com Charles após
estar casada:
“Quando
Charles foi a Bertaux pela primeira vez, Emma supunha-se muito desiludida,
certa de na ter mais nada que aprender ou sentir. Mas a ansiedade de um novo
estado, ou talvez a excitação causada pela presença daquele homem, tinham-lhe
sido o bastante para convencer-se tocada, enfim, por aquela paixão maravilhosa
[...]”
(Flaubert:
2005, 54).
Porém, ambas, Camila e Emma,
encontram no casamento não o desejo de felicidade realizado, mas sim, a
decepção com os comportamentos de seus companheiros. Enquanto Camila se
ressente das infidelidades cometidas por Teodoro, Emma observa em seu marido
uma personalidade medíocre e acomodada: “Quisera que aquele nome Bovary, que
era o seu, fosse ilustre... Charles, porém não tinha ambições” (Flaubert: 2005, 81).
Mas, é em relação à punição das
protagonistas que as semelhanças entre os dois romances tornam-se mais
evidentes. Primeiramente, é de se notar que ambas as personagens tentam repelir
o perigo de uma relação adúltera, no momento em que se dão conta que sentem-se atraídas por outro homem. Emma, ao perceber que
amava Leon, prefere guardar a devida distância do rapaz; da mesma forma, Camila
repele Gervásio:
“Levada
na fascinação, só tarde Camila percebeu o perigo que a solicitava; então quis
fugir: fechou-se em casa, esquivava-se a ver o médico; mas, através da
distância e do silêncio, ele percebia o amor dela a chamá-lo, a envolvê-lo todo
com uma obsessão de loucura” (Almeida: 2003, 76).
Porém, ambas
acabam sucumbindo aos seus desejos de serem amadas. Camila encara o fato de não
conseguir resistir à tentação de uma paixão adúltera como “uma lei da fatalidade”
(Almeida: 2003, 76), tentando com esse pensamento,
salvarguardar-se da culpa. Já, Emma encara com surpresa, e nenhum remorso, o
fato de manter um relacionamento adúltero: “Tenho um amante! Tenho um amante! –
deleitando-se com essa idéia, como se fora uma nova puberdade que lhe
sobreviesse” (Flaubert: 2005, 191).
O primeiro castigo de ambas as
personagens é o próprio esfriamento de seus romances adúlteros. Com o passar do
tempo, e a consolidação da intimidade entre os amantes ocorre uma certa mudança quanto ao tom de convivência desses casais
(Camila e Gervásio/Emma e Rodolpho). Emma consegue perceber que sua relação extra-conjugal parecia alimentar uma chama doméstica. Já,
Camila, iludida em sua idealização amorosa, não consegue enxergar que seu
relacionamento com Gervásio, aos poucos vai adquirindo a característica de uma
relação conjugal.
Gervásio, ao se
aproximar da família de Camila, vai moldando os costumes, fazendo prevalecer os
seus gostos e vontades; dessa forma, consegue manipular Mila ao
seu bel-prazer, torná-la “o reflexo perfeito de sua alma” (Almeida:
2003, 76). Ia assim, alimentando sua vaidade em ser amante de uma mulher tão
formosa.
Emma Bovary, ao
perceber a indiferença de seus amantes, tenta manter a atenção para si, ao
cativá-los com a compra de sucessivos presentes; tal atitude configura-se como
a causa de sua ruína financeira, que a leva à morte e ao arrependimento.
Na verdade,
percebemos nas atitudes de Mila e Emma a necessidade em manter a idealização do
amor. Segundo Roland Barthes “o amor é a assunção demencial da dependência”
(Barthes: 2003, 300); o sentimento amoroso faz parte
de uma necessidade que precisa ser saciada pela presença do outro.
Camila, por
exemplo, coloca-se a disposição do ser amado, prendendo-se ao outro pelo simples
fato de conseguir viver a sensação de sentir-se amada: “Ele sentia-a trêmula,
numa comoção de virgem, como se aquele velho amor pecaminoso fosse um amor
nascente” (Almeida: 2003, 337).
Notamos também que
o relacionamento extra-conjugal de Camila e Gervásio
acaba sendo marcado por uma certa desconfiança, principalmente considerando o
comportamento possessivo do médico em relação a Camila.
Gervásio sente-se
ameaçado pela presença do Capitão Rino, principalmente pelo fato de tal
personagem ser um homem bonito, culto e sensível, carregando atributos que
poderiam fascinar Camila: “[...]começava a compreender
o homem. Iludira-se até então, julgando o Rino como um medíocre e um simples.
Um simples seria, mas um medíocre não” (Almeida: 2003, 124).
Percebemos então
mais um castigo sofrido por Camila; o próprio Gervásio, em seu ciúme
possessivo, desconfiava da reputação da amante: “Quem pode confiar na lealdade
de uma mulher? Ninguém, e a justiça era que ela o enganasse e o traísse, como por ele traía e enganava o esposo...”
(Almeida: 2003, 128). Na verdade, descobriremos ao final do romance, que tal
pensamento professado pelo médico faz parte de sua própria experiência pessoal,
já que tal qual Francisco Teodoro, ele havia sido traído pela sua esposa.
Camila ao sentir-se ultrajada com a
desconfiança de Gervásio desabafa: “Quase sempre a mulher ainda ama e já é
considerada pelo homem como uma importuna!... Está aí a nossa volubilidade...”
(Almeida: 2003, 137). Porém, a sua extrema dependência
do amante faz com que acabe resignando-se a tal humilhação “naquela torturante
passividade de escrava, a que o seu amor a lançara” (Idem, 137). Mila reconhece
que o seu comportamento em relação a Gervásio é
submisso, porém não encontra outra maneira de viver o seu amor.
Dentre as punições sofridas por
Camila em A falência percebemos a própria agonia da personagem em ser
descoberta a sua traição pelo marido, visto que aos poucos ia percebendo que
todos à sua volta sabiam de seu relacionamento com o Dr. Gervásio.
Porém, a principal preocupação de
Camila é em relação ao seu filho Mário, pois ele é o primeiro a declarar o
desprezo pelo Dr. Gervásio, por saber do relacionamento extra-conjugal
vivido entre o médico e a mãe. Mila sente-se impotente ao perceber que não
consegue mais exercer sua autoridade sobre o filho, visto que ele, agora,
criticava a sua reputação.
A pressa de Camila
em casar o filho, de modo a ver-se livre da principal ameaça ao seu
relacionamento adúltero, acaba tornando-se um castigo; Mila percebe que logo
após o casamento, a nora procurava afastar Mário da presença de seus
familiares. A indiferença da moça para com a sogra revela o preconceito sofrido
pelas mulheres adúlteras. Sendo esposa de Mário, seria natural que Paquita
soubesse do relacionamento extra-conjugal de Camila, e
com isso, prefere manter o afastamento necessário a fim de não ver manchada a
sua reputação.
Além disso, é
mencionado em várias partes do romance que a relação de Mila e Gervásio era
amplamente conhecida pela sociedade. Porém, vamos perceber o preconceito contra
as atitudes de Mila no velório de Francisco Teodoro (que cometera suicídio ao
ver falida sua empresa), onde a maioria dos convidados
lançavam à Mila o seu olhar de crítica: “As maiores condolências
voltavam-se para os filhos, e só por etiqueta e dever de aparência
cumprimentavam a viúva” (Almeida: 2003, 318).
Com a viuvez e a
pobreza iminente, Camila terá ainda como castigo a consciência da
transitoriedade do corpo: “Feriu-a então a idéia de que já era avó, e que esse
título devia ser um ridículo algemando-a ao silêncio” (Almeida, 2003: 347).
Aliado a este fato, Camila percebe que o amor e a vaidade fizeram dela uma
mulher ociosa, sem habilidades específicas que pudesse contribuir para o
sustento de sua família.
Porém, a punição final de Camila só poderá realmente ser considerada com o
desfecho do romance; ao estar prestes a realizar o desejo de estar com o
seu escolhido, através do sonho do casamento por amor, não vivido em seu
primeiro matrimônio, Camila depara-se com a verdadeira realidade: descobre-se
traída ao saber que Dr. Gervásio era um homem casado.
Mais uma vez, vemos aqui outro problema
ligado à infidelidade, pois o médico separara-se de sua esposa por sabê-la
adúltera. Porém, continuava preso aos vínculos legais do matrimônio, não
podendo assumir Camila como sua mulher perante a sociedade.
A decepção com o ser amado encontra-se
principalmente no fato do amante ter desprezado sua mulher pelo mesmo motivo
pelo qual Camila era criticada pela sociedade; assim, sendo a esposa de
Gervásio também uma adúltera, Camila percebe que não poderia ser considerada de
modo diferente por Gervásio:
“[...] ela
não podia ser aos olhos daquele homem nem melhor nem mais
digna do que a outra que ele desprezara; a mesma culpa as nivelava, e se
ele não encontrara perdão para a esposa, como encontraria respeito para ela?”
(Almeida: 2003, 351).
A decepção de Camila com o homem que
escolhera para viver o amor constitui-se como a pior punição de todo o romance.
Sua experiência final acaba lhe deixando uma visão negativa do sentimento
romântico do amor, que um dia fora conquistado pela beleza e voluptuosidade de
seu próprio corpo:
“Olhou com
desprezo para o seu belo corpo de mulher ardente. Era um despojo, de que valia?
Lembrou-se com terror das filhas, aquelas crianças nascidas dela, predestinadas
para o Sofrimento. Caminhariam alegremente para o Amor, e o Amor só lhes daria
decepção e miséria” (Almeida: 2003, 354).
Percebemos
nesse trecho que as palavras “Amor” e “Sofrimento” são escritas
com letra maiúscula, como se estas pudessem constituir um ser animado,
que fizesse parte da essência vital de todas as mulheres.
Ao criticar a ilusão romântica do amor, a autora
coloca em evidência o que seria realmente a honestidade feminina para a
realização pessoal da mulher. Assim, o
final idealizado por Júlia Lopes nos transmite um sentimento moralizante,
através das palavras da própria Camila:
"Oh! Ser honesta, viver honesta,
morrer honesta, que felicidade! Se pudesse voltar atrás, desfazer
todos aqueles dias de sonho e de ebriedade, recomeçar os labores antigos na
insossa domesticidade de esposa obediente, sem imaginação, sem vontade, feliz
em ser sujeita, em bem servir a um só homem, com que pressa voltaria para
evitar esta humilhação, pior que todas as mortes (...)" (Almeida,
2003: 353)
Camila
reconhece que a vida de esposa honesta e obediente constituem não mais do que
uma obrigação “insossa” porém, ela percebe que para
mulher não havia outro caminho a ser seguido.
Assim, se Camila um
dia, pretendeu viver o amor, agora, seu maior desejo seria ter de volta a sua
reputação de mulher honesta. Camila descobre que o seu castigo naquele momento
constituía-se em reconhecer seu erro, e não poder voltar atrás.
Da mesma forma que
Emma Bovary, Camila percebe que seu amor excessivo, sua idealização romântica a
levaram por um caminho sem volta, onde só encontrara preconceitos e críticas em
relação aos seus comportamentos. Assim, se Emma, ao final do romance de
Flaubert, encontra a morte, através do suicídio, Camila terá como castigo
aprender a viver na solidão.
É
com esta notícia que nossa personagem feminina decide o rumo de sua vida -
assumir a si mesma ou viver eternamente um relacionamento imaginário projetando
seus desejos na presença do outro.
Referências
bibliográficas:
ALMEIDA.
Júlia Lopes de. A falência.
Florianópolis: Editora Mulheres, 2003.
BARTHES,
Roland. Fragmentos de um discurso amoroso.Trad. Maria Valéria Martinez de
Aguiar. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FLAUBERT, Gustav. Madame
Bovary. Trad. Araújo Nabuco. São Paulo: Martin Claret, 2005.