A utopia proposta em “As
aventuras de Pinóquio”
Alessandra Garrido
Sotero da Silva
Na sociedade
pós-moderna, o homem costuma caminhar para o pessimismo, devido às mudanças
profundas as quais atravessamos e as decepções vividas pelo advento do
progresso. O pessimismo pode nos levar a uma idéia de que tudo está perdido,
não existe solução tangível para esta desordem em que funciona o mundo atual,
caminhamos, portanto, para o fim ou a supremacia das forças destruidoras (thanatos). Neste ensaio, buscaremos provar que neste
momento complexo em que vivemos, podem surgir maravilhosos frutos, pois o caos
precede o equilíbrio e a retomada de alguns clássicos
infantis pode apontar valores esquecidos.
Esta perspectiva
de esboçar possibilidades para um novo mundo, para muitos, é utópica, no
sentido de que se trata de um ideal inatingível. Entretanto, será que temos
perfeita noção do que seja utopia e de como este sentimento é essencial para a
sobrevivência humana? O livro O que é utopia, de José Teixeira Coelho
Neto, trata exatamente sobre esse conceito tão utilizado e ao mesmo tempo pouco
discutido. Segundo Coelho Neto, a utopia é uma necessidade humana, mola
impulsionadora das grandes mudanças, como podemos constatar nas afirmações abaixo(1985:7-9):
Um traço que deve caracterizar o ser
humano, ainda não embrutecido pela própria fraqueza ou pela realidade tremenda,
é a liberdade que ele se reserva de opor ao evento defeituoso, à situação
decepcionante, uma força contraditória. Essa força poderia chamar-se
esperança/.../ Essa força talvez pudesse ser chamada, também, de força do
sonho. Mas também esse seria um nome inadequado: acima de tudo, porque não
somos nós que temos um sonho e sim, o sonho que nos tem. Ele escapa a nosso
controle/.../ Estaríamos mais perto do nome adequado a essa força de
contradição se pensássemos na imaginação, essa capacidade de superar limites
freqüentemente medíocres
da realidade e penetrar no mundo do possível/../
Mas a imaginação necessária a execução
daquilo que deve vir a existir não é a imaginação digamos comum, aquela que se alimenta
apenas da vontade subjetiva da pessoa e se volta unicamente para seu restrito campo
individual/.../ Tem de ser uma imaginação exigente, capaz de prolongar o real
existente na direção do futuro, das possibilidades; capaz de antecipar este
futuro enquanto projeção de um presente a partir daquilo que neste existe e é
passível de ser transformado.
Esta imaginação exigente tem um nome: é a
imaginação utópica/.../ É ela que até hoje pelo menos, sempre esteve presente
nas sociedades humanas, apresentando-se como o elemento de impulso das
invenções, das descobertas, mas, também, das revoluções/.../ é ela que,
militando pelo otimismo, levanta a única hipótese capaz de nos manter vivos: mudar
a vida.
É
interessante notar que para Coelho Neto, a utopia é uma característica própria
do ser humano, que vai além da esperança e o sonho; porque estes podem ficar
somente no plano da fantasia, sem objetivos concernentes para que se tornem
realidade. A utopia, como ele disse, é uma espécie de imaginação impulsionadora
das mudanças, potencialmente concretizadora, capaz de
vislumbrar o que precisa ser mudado, e mesmo que pareça algo muito distante do
real, aproxima-o através de ideais objetivos.
Essa
força, cremos, reside dentro de todos os homens, mesmo aqueles homens que foram
massacrados pela dura realidade e se dizem pessimistas. Apesar de não
utilizarem esta força, por se dizerem vencidos pelo desânimo, ela está lá,
pronta para ser ativada. Ela é uma força interna e necessária para continuarmos
como espécie humana, é uma força do Eros, opondo-se a Thanatos. Precisamos, portanto, por questão
de sobrevivência, da utopia, pois somos alguns menos, outros mais, seres
essencialmente utópicos.
Uma
visão otimista e favorável a utopia é fornecida por Saul Fuks,
em seu artigo Sociedade do conhecimento, publicado na revista Tempo
Brasileiro. Ele acredita que esse caos representante da pós-modernidade acena
para as possibilidades de mudança, como podemos ler nas afirmações abaixo
(2003: 99):
O
futuro é um despertar que depende da ação humana; é preciso gerar um arsenal
ideológico capaz de conduzir as transformações almejadas./.../
As
realidades de hoje foram utopias no passado, germes, embriões que fecundaram a
história.
Nessa
concepção, a utopia não e algo irreal, inviável, sonho romântico irrealizável.
Ao contrário, é apropria condição de possibilidade do devir, do florescimento
do novo, são só anseios, às vezes ainda não
amadurecidos, que aguardam a sua vez nos labirintos da história.
Mas,
antes de transformar o mundo, é preciso sonhá-lo.
Talvez
seja isto o destino do conhecimento e do homem após cada naufrágio: o
renascimento.
Aristóteles,
preocupado em buscar a essência criativa do homem, inicia sua meditação com um
dos mais belos poemas de Safo:
“O
homem é o único ser que rompe o silêncio da noite cósmica. É como se, antes de
seu aparecimento, reinasse um silêncio absoluto no cosmos e a criatividade
humana rompesse esse silêncio”.
Todas
as grandes transformações começaram pelo “acreditar” e lançar recursos para que
um determinado ideal se concretize, não desistindo a cada “naufrágio”, pois são
sinônimos de renascimentos. Devemos recordar que todas as realidades de hoje,
um dia foram utópicas.
Ao nosso ver,
falta um longo percurso para que o homem (homo sapiens) se torne ser
humano, pois quando dizemos homem pensamos na espécie geneticamente falando e a
utopia neste caso é desenvolver humanamente cada vez mais esta espécie no
sentido de o distanciar de seus antecessores animais irracionais e o aproximar
de uma condição mais elevada. A chegada nesta condição é lenta, como foi lenta
a passagem de homo erectus para homo
sapiens, mas será que estes nosso antepassados
acreditavam nesta transformação? Talvez não, assim como muitos que agora lêem
esta hipótese. A evolução, em uma leitura darwiniana, não é finita, caminhemos,
pois, para o progresso, auxiliemos a nossa evolução!
A
utopia, como vimos, é necessária, mas não pode se igualar a uma esperança
estática. Se a humanização do homem é a utopia que seguiremos a partir desta
parte do trabalho, teceremos também considerações importantes, baseados em
pensadores, que visam a possibilidade de viabilização
deste projeto utópico citado.
No
livro Poéticas da diversidade, organizado por
Marli F. Scarpelli e Eduardo de Assis Duarte, o
professor de Literaturas Africanas da USP, Benjamim Abdala Júnior escreve um
artigo que discute questões pós-modernas. Neste artigo, encontra-se uma
referência a Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro Raízes do Brasil, que
trata sobre a cordialidade brasileira. Argumenta-se que a cordialidade se
origina da vida rural e patriarcal brasileira, configurando a contribuição
brasileira para a civilização. É importante ressaltar como se define o termo cordialidade(2002: 26):
Cordialidade
aqui, não é polidez, entendida como uma espécie de máscara para se exercer
supremacia sobre o social. Não se trata de disfarce, mas da inclinação do
indivíduo liberar-se de sua individualidade, para uma sociabilidade de laços
comunitários, que seriam uma espécie de extensão dos laços da família
patriarcal.
Pode-se
discutir, portanto, que segundo essa visão a cordialidade que surge em nossas
terras é algo que não é relativo somente à aquisição de posições sociais
hegemônicas, mas que sobretudo concerne ao que Freud
destacou como necessário para se formar uma civilização: a saída de si mesmo,
do individualismo em favor de uma visão altruísta, como leremos posteriormente,
quando tratarmos da Psicanálise. Este sentimento é necessário para nos
tornarmos uma verdadeira civilização, ou seja, de seres mais elevados,
preocupados não só com os seus problemas, mas com os problemas do grupo, que
são tomados para si. Desta forma, a famosa cordialidade percebida em muitos
“cantos” do Brasil, deve ser levada aos extremos e seguida por todos, começando
pela elite brasileira, que deveria, neste espírito cordial, dividir a sua
riqueza de forma mais proporcional, lembrando que o nosso país é conhecido como
uma das piores distribuições de renda mundiais. Logo, concluímos que se é
verdade que existe uma cordialidade diferente dos outros países no Brasil,
temos também de convir que essa cordialidade geralmente é
exercida de maneira assistencialista. Precisamos desse espírito cordial, sem
dúvida, mas o mesmo poderia ser usado no sentido de verdadeiras transformações
sociais.
Abdala
Junior destaca ainda fatores importantes no palco internacional que representam
uma tendência a mudança de valores da sociedade pós-moderna (2002: 31):
Numa época de falta
de convicções, a atribuição do Prêmio Nobel de Literatura a José Saramago
constitui um fato altamente relevante. Toda a arte literária desse ficcionista
português aponta para suas convicções político-sociais, dialogando com imagens
da utopia socialista. Ao individualismo contemporâneo (para ele um mundo de
cegos, como aparece no seu romance Ensaio sobre a cegueira), opõe-se o
seu sonho de uma sociedade mais humana, pautada pelos valores da solidariedade.
Este
reconhecimento de cunho mundial, seguramente é um indício de que os integrantes
da sociedade pós-moderna não estão satisfeitos com este modelo social. É,
portanto, uma perspectiva de mudança, de conscientização de que precisamos
caminhar em direção a um mundo mais humano, com seres
menos individualistas, como representados metaforicamente por Saramago no livro
citado.
Um outro
ponto estratégico para entendermos o processo de humanização que o homem
precisa sofrer é uma conquista já efetivada: a civilização. A civilização é um
passo na conquista de um teor maior de humanização do homem? Sem dúvida, mas
representa ainda um processo lento e doloroso, dada a nossa condição inata
egocêntrica. Por acreditarmos ser de suma importância esse
processo para o crescimento do homem, dedicaremos uma parte deste
trabalho aos estudos freudianos sobre o tema, representando estes um dos
caminhos da utopia de humanização.
No
livro O futuro de uma ilusão, Freud faz um estudo imprescindível para
qualquer estudioso que queira entender o que é o processo civilizatório,
definindo o que ele entende como civilização (1927:16):
A civilização humana, expressa pela qual
quero significar tudo aquilo que a vida humana se elevou acima de sua condição
animal e difere da vida dos animais - e desprezo ter que distinguir entre
cultura e civilização-, apresenta, como sabemos, dois aspectos ao observador:
Por um lado, inclui todo conhecimento e capacidade que o homem adquiriu com o
fim de controlar as forças da natureza e extrair a riqueza desta para a
satisfação das necessidades humanas; por outro. Inclui todos os regulamentos
necessários para ajustar as relações dos homens uns com os outros e,
especialmente, a distribuição da riqueza disponível.
Um dado relevante
fornece Freud ao afirmar que a civilização representa um diferencial entre a
vida humana e a animal, pois a nossa pesquisa concentra esforços em comprovar
que a distância cada vez maior entre o animal irracional faz do homem um ser
superior, como disse Aristóteles, em uma citação acima, o único ser capaz de
romper o silêncio do cosmos. A civilização, como disse Freud é um marco
decisivo de diferença entre a escala animal e a hominal,
logo, se é assim, deve-se cada vez mais aperfeiçoá-la, ensejando uma capacidade
cada vez em maior escala do homem de se aproximar de uma condição mais elevada.
Como aponta
Freud, a civilização representa ainda a distribuição da riqueza que o homem é
capaz de produzir com a transformação dos meios naturais. O homem pós-moderno,
cada vez mais sabe produzir riquezas, a grande questão que já colocamos em
pauta é a má distribuição. Um caminho certo para a elevação humana é distribuir
de maneira mais justa essas riquezas, aprimorando assim a civilização.
A Psicanálise
mostra também os mecanismos mentais ocorridos no processo de civilização, tendo
como patamar primordial a supremacia do princípio da realidade sobre o
princípio do prazer. Logo, para se formar qualquer grande civilização é
necessária a renúncia do prazer individualista dos seus integrantes em prol de
um bem comum.
Como se pode ler
em O mal-estar da civilização, Freud acredita que a observação dos
astros, desde a Antiguidade, proporcionou ao homem uma compulsão pela ordem,
pelo equilíbrio e apesar de sua tendência inata para o descuido, ele crê também
que há uma tendência humana para a ordem, seguindo as grandes regularidades
astronômicas. Entretanto, para que haja uma regularidade equilibrada, sem
hegemonias, é necessário que haja sublimação, como o pai da Psicanálise afirma
nestes trechos (1997:49):
A substituição do poder do indivíduo pelo
poder de uma comunidade constitui o passo decisivo da civilização. Sua essência
reside no fato dos membros da comunidade se restringirem
em suas possibilidades de satisfação, ao passo que o indivíduo desconhece tais
restrições. A primeira exigência da civilização, portanto, é a da justiça, ou
seja, a garantia de que uma lei, uma vez criada, não será violada em favor de
um indivíduo/.../ O resultado final seria um estatuto legal para o qual todos
–exceto os incapazes de ingressar em uma comunidade- contribuíram com um
sacrifício de seus instintos, que não deixa ninguém – novamente com a mesma
exceção – à mercê da força
bruta.
Na verdade, este
é um processo que provavelmente levará muitos anos para se concretizar da
maneira idealizada, e ao contrário do que muitos pensam não se trata de um
retorno aos parâmetros pré-modernos, vista a natureza do que foi proposto aqui.
Entretanto, representa um passo decisivo para que saiamos deste labirinto que
se tornou a Pós-modernidade, em que reina o individualismo e a supremacia do
Eu, narciso. É utópico, naturalmente, este projeto, mas precisamos de utopia
para as grandes transformações, como constatamos. Não se pode mais viver esta
época de maneira passiva, pois a sociedade do conhecimento, se não buscarmos
saídas, nos levará para uma tendência destrutiva, cada vez mais materialista,
egocêntrica. A saída é o coletivo, o “nós”, no lugar do “eu”. Assim, seremos
humanos e não simples homens perdidos da Pós-modernidade.
De acordo com
todas as constatações feitas até aqui sobre Pós-modernidade e as possíveis
condutas utópicas para a humanização do nosso “planeta”, consideramos a obra Le avventure di Pinocchio, mais conhecida no Brasil como Pinóquio simplesmente, uma metáfora deste projeto utópico.
Esta obra ilustra o desenvolvimento humano, da imaturidade para a maturidade,
da total irresponsabilidade infantil, para a consciência de cidadania, a
passagem, inconscientemente falando, do princípio do prazer para o princípio da
realidade. Talvez seja este um dos fatores que explique o sucesso estrondoso de
Pinóquio, que perpassa os limites temporais e locais
de sua produção, tendo imensa repercussão em todo o mundo.
A história de Pinóquio teve início em 1881, na Itália, quando Carlo Lorenzini, conhecido pelo pseudônimo Carlo Collodi
publica Storia di un burattino em um jornal
dirigido às crianças, no estilo folhetim. Devido a um grande sucesso obtido,
das histórias foi feito um livro, Le avventure di Pinocchio, cuja
primeira edição foi lançada em 1883. Foi traduzido em todas as línguas,
encantando crianças e adultos de todo o mundo e é reconhecida pelo site
italiano oficial de Pinóquio, www.pinocchio.it,
como o terceiro livro mais publicado depois da Bílbia
e o Alcorão. Não podemos nos esquecer do contexto histórico social em que a obra
nasce: um momento em que a Itália precisava se reconstruir enquanto nação,
incorporando nos italianos os valores de cidadania.
Na sociedade
pós-moderna, em que o homem sente um vazio em relação a valores sólidos, é
perfeitamente compreensível a sua necessidade de busca de certos valores. A
obra em questão pode proporcionar a quem lê, através de um mergulho no
inconsciente coletivo, a busca do homem pela humanização, por valores que o
proporcionarão se transformar de “marionete” em “menino de verdade”. Essa questão é clara no final da fábula,
quando a Fada o transforma em menino (2002:188):
- Muito bem, Pinóquio! Graças ao seu bom coração, perdôo-lhe todas
as travessuras que você aprontou até hoje. Os meninos que cuidam amorosamente
dos pais nos seus sofrimentos e nas suas enfermidades, merecem sempre muitos
elogios e muito afeto, mesmo quando não podem ser citados como modelos de
obediência e de bom comportamento. Crie juízo para o futuro e seja feliz.
A
atitude de Pinóquio, de estar com o seu pai, cuidando
dele, significa exatamente que ele não pensava mais só nele, se preocupava com
os outros. O fato ainda de alguém
extremamente egocêntrico, no momento em que consegue conquistar capital, doar a
outrem necessitado é muito relevante. A mensagem desta história, ao nosso ver é a percepção da tentativa de vencer as
atitudes impensadas provocadas pelo princípio do prazer, reconhecendo-se
dentro de um conjunto. É o processo de humanização, de que falamos
anteriormente, representado pela história da marionete que se torna menino de
verdade.
De
acordo com a nossa pesquisa de alguns anos sobre o livro As
aventuras de Pinóquio, notamos que a obra
referida apresenta de forma simbólica o processo de socialização do homem, em
que Pinóquio, altamente egocêntrico, regido pelo puro
princípio do prazer, através das vicissitudes que a vida lhe apresenta, se
molda cada vez mais e aprende a viver em sociedade, percebendo que existem
outras pessoas no mundo e que o mundo não gira somente em torno de si.
Esta
obra, através de um mergulho profundo no nosso inconsciente individual e
coletivo, nos mostra como se dá esse processo de humanização e nos proporciona
a leitura de que é possível sermos felizes cedendo em prol do nosso próximo,
numa tentativa de “rearrumação” do mundo pelo amor,
pela fraternidade.
Referências
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