BORGES E OSMAN LINS

 

O calendário é uma rede no ar, o calendário caça o ar como se existissem borboletas no ar. Veja: o barqueiro segue o rio, da cabeceira à foz. Segue e está presente, no curso da viagem, em todos os pontos do percurso. Pode, em momentos privilegiados, ter a visão simultânea- não da viagem toda: a tanto não alcança- de alguns segmentos da viagem. Incursões.

 

Um labirinto é uma casa edificada para confundir os homens; sua arquitetura, pródiga em simetrias, está subordinada a esse fim. No palácio que imperfeitamente explorei, a arquitetura carecia de fim.

 

A tentativa deste trabalho é analisar a mesma obstinação em dois autores contemporâneos: Jorge Luis Borges e Osman Lins. A questão que se põe é a perseguição à Cidade, não uma cidade qualquer, mas a Cidade que possibilite a apreensão do universal. No caso do argentino Borges ela aparece com mais veemência no conto O imortal , onde o personagem principal é o dedicado Marco Flamínio e sua peregrinação em busca da Cidade que aqui tem um sobrenome, dos Imortais. A Cidade é uma procura implacável também de Abel personagem principal, se é que isto é possível afirmar, do livro Avalovara.

O caminho para a Cidade é árduo e dolorido é possível também que esta cidade perseguida seja apenas um sonho, sonho que pertence a trama daquilo que não declina . Não é tarefa da consciência, não é algo que passe pelo planejamento e não é algo que possibilite a eliminação de algumas etapas. É impossivel planejar porque o caminho não se apresenta de maneira regular com um mapa a ser cumprido, não pertence aos nossos debravadores os movimentos no tabuleiro. Que experiência é essa, perseguida implacavavelmente pelos nossos dois autores, no sentido espaço-temporal que se estabelece neste momento do encontro com a Cidade ? Tem realmente um caráter geométrico ou um caráter sagrado ? Ou existe a possibilidade de uma sagração geometrizada? Seria está geometria um quadrado recortado numa espiral? Esta forma de Cidade é uma força momentaneamente retida ou é eterna? Se é momento ela é multiforme em cada retenção? Ainda se tratando de momento como fica a questão da imortalidade que é inerente aos dois autores ?

As linhas abaixo tentarão se aproximar o máximo dessas questões que apresentam res-postas tão efêmeras que evidenciam a nossa incapacidade de pronunciar a verdade daquilo que se manifesta.

 

 

 

 

 

 

 

 

A ) A experiência na Cidade.

Esta Cidade , pensei, é tão horrível que sua mera existência e perduração, embora no centro de um deserto secreto, contamina o passado e o futuro e, de algum modo, compromete os astros. Enquanto perdurar, ninguém no mundo poderá ser valoroso ou feliz.

 

Sobre o esplendor e a harmonia da Cidade pesa uma nota sombria. Tem a Cidade, na sua deslumbrante riqueza, algo de um cadáver podre e perfumado.

 

No Imortal , Marco Flamínio ascende a Cidade dos Imortais após uma peregrinação. Sua vida de oficial medíocre encontra um sentido quando recebe um objetivo, ou ainda um objeto, a buscar. A Cidade que promete aos homens a imortalidade. Tarefa que ele parte para cumprir ao lado de uma legião de mercenários e soldados que são facilmente esquecidos ou eliminados. A ascensão à cidade é o momento que marca essa vitória do sujeito sobre o destino, a figura máxima da dominação do humano sobre o não-humano. A imortalidade é a premiação para tão dedicado guerreiro. Esta leitura coloca a princípio o homem como sujeito da ação, e deixa para a Cidade um papel de predicado desse sujeito. A relação se estabelece entre dominador e dominado e podemos obter um (ou seria melhor o?) resultado final que agrade aos princípios matemáticos .

Poderíamos ainda inverter o processo mudando os papéis de dominante e dominador e encontraríamos após algum momento de dificuldade o mesmo feliz

resultado . Estas duas fórmulas estariam a salvo se não tivéssemos o assombro e o desconforto de nosso romano perante a cidade. O comportamento humano é imprevisível. O resultado final escapa aos elementos da fórmula aplicada. O horror de Marco Flamínio diante da vivência com uma arquitetura sem propósito é tão chocante quanto à sua convicção no fracasso dos deuses. Que deuses são estes que constroem escadas que a nada levam, que levantam um único prédio ao redor de uma praça e este mesmo prédio aparece totalmente sem função ?

Que deuses são esses que concedem a virgem à Pigmalião e constroem uma cidade de loucos ? O arquétipo de escolhido pelo(s) deus(es) para cumprir tal missão, o destinado a imortalidade cai como ruína diante da experiência com a sagrada cidade dos imortais. O mais doloroso sem dúvida para o romano é perceber a ignorância diante de uma abertura como essa, as palavras simplesmente não cabem diante daquilo que se diz. A humilhação é maior porque a soberba romana contrasta com o comportamento dos chamados trogloditas que habitam os arredores da cidade entendem a magnitude de tal evento e por isso se calam. O daimon homérico.

A experiência de Abel é de natureza diferente. Marco Flamínio desconhece a princípio a poética. Isso não acontece com Abel, ele existe no limite da eterna eclosão do real. A natureza da sagração que ele busca na cidade é outra. O divino aqui não é o fora do mundo, ele é mundo. Abel entende o real como um jogo de forças que se exemplifica no eclipse, neste movimento fora do Kronos que estabelece através da negritude o sagrado do Cosmos. Ainda assim não escapa da surpresa da mobilidade do vivido e assume também o espanto diante daquilo que a princípio deveria se apresentar como paraíso, como lugar perfeito. Também é dolorosa a sua vivência com a cidade: A cidade tartaruga sem cabeça . Porém o doloroso, a dor aqui é percebida por Abel como condição essencial de mundo, dor e prazer fazem parte do mesmo, daquilo que eclode, se presenta no sentido mesmo de presentificação.Seria esta a cidade dedicada ao Deus Jano aquele que tem duas cabeças e que é no mesmo princípio e fim?

Como nomear tal cidade? Que estranha sensação essa de profunda impotência diante do inominável? Temos como fetiche a nomeação, que estranha sensação para o homem é esta da Cidade atemporal, uma cidade sem tempo, que impossibilita qualquer tipo de nomeação. A Cidade revela doze cidades, seu nome faz parte desse emaranhado. Reconfortante seriam as presenças de maldições e monstros , habituais no real, mas a experiência da Cidade é deseperadora por ser solitária. O silêncio multiplica as inúmeras sensações. O imortal tem o mesmo sentimento, sua alucinação é ainda maior porque é o mundo desvelando a primeira vez. Talvez tenha o mesmo sentimento Riobaldo quando espera o diabo.Que tempo é esse que eterniza imóvel?

Tempo que não tem começo e nem fim e que não espacializa a experiência? Que geometria podemos então adotar para descrevê-la ?Existem conceitos que podem ser utilizados ou somos ignorantes? Revelar-se ignorante é assumir um papel secundário, de menor importância?Todo entendimento cronológico é espacial geométrico. Toda possibilidade de geometrização se alinha de acordo com o que entendemos como cosmogonia, como fundação de mundo e universo. Um Deus único é apenas um ente adotado para servir de parâmetro para a criação.

 

B) Geometria, sagração ou geometria-sagração?

 

Todo ente é mensurável. Todo possibilidade de medir surge a partir da adoção de uma medida. Para medirmos qualquer coisa temos como pré-requisito para a medição algo imóvel. Então o ente é mensurável porque é sem movimento. Isso é indubitável. Para medir essa folha, ela tem que estar parada. A partir de medições estabelecemos os nossos conceitos existenciais: meça suas palavras, antes de dizer qualquer coisa. Com o Tempo fazemos o caminho inverso, ninguém mede o estático, medimos o movimento. Adotou-se ao longo da história da ciência o princípio de tempo como movimento. Que tipo de pensamento é esse que mede o espaço do parado e mede o tempo do movimento? Não seria obrigatório medir o espaço-tempo do parado ou o espaço-tempo do movimento com os mesmos critérios? Para piorar a situação medimos o tempo do movimento de um ente que de x dimensões, dimensões essas a priori imutáveis. Se empurrarmos por dois metros uma estante de 2,5 metros de comprimento, por 2 metros de altura e 0,50 metro de largura, alguém para no primeiro metro empurrado para medir novamente comprimento, altura e largura? A confiança nas medidas adotadas entra em crise quando aquilo que é estático é imensurável e o que é cronológico se ausenta.

A arquitetura de Borges, a arquitetura de Osman Lins, assim como a geografia do sertão de Rosa são imensuráveis, porque elas são o mundo . Ainda que se realizem espacialmente como ameias, frontispícios, arcos, balaustradas, abóbadas, veredas e buritis , elas o são sem medidas, sem idéia . A idéia de arco, de abóbada não comporta aquilo que se vivencia nestas cidades, por isso as palavras não surgem, não há parâmetro.

Que tempo é esse que não se inicia? Que tempo é esse que não termina? A fuga da Cidade assegura o retorno ao caminho conhecido? Se adotamos como toda a história do pensamento, o tempo como medida de movimento, simplesmente estaremos impotentes diante daquilo que se dis-põe. Aquilo que se dis-põe não pode ser cronometrado, mas tem movimento.Que movimento é esse? O de um eclipse. Podemos assegurar de onde parte esse movimento? Lua-sol ou sol-lua? O eclipse durou 30 minutos e três segundos? Esse é o tempo que justifica o espanto diante da Cidade. Aquilo que aqui tem movimento que está em eterno embate não tem começo, nem fim. Qualquer tentativa de mensuração desse movimento dá origem a um Deus entificado e entificador.

Mas que paradoxo é este que impede a geometrização do espaço já que ele se apresenta como Cidade ou ainda como Sertão? Que presente/ausente é este que impede a adoção de um mapa?

 

Há uma face da viagem onde passado e futuro são reais; e outra, não menos real e mais esquiva, onde a viagem, o barco, o barqueiro, o rio e a extensão do rio se confundem. Os remos do barco ferem de uma vez todo o comprimento do rio; e o viajante , para sempre e desde sempre, inicia, realiza e conclui a viagem, de tal modo que a partida na cabeceira do rio não antecede a chegada no estuário.

 

O mapa só pode ser adotado se preencher as mesmas questões ,se tiver a mesma relação de mundo, de instauração de mundo colocada na presença/ausência da cidade. O relógio adotado é o da aleatoriedade, qualquer possibilidade de antecipação de medida invalida a experiência por ser aporte/suporte incabível diante do que se inaugura. Se é imensurável que possibilidade temos nós como humanidade diante de uma experiência que é intransferível? Que eternidade é esta que não apresenta ao imortal espaço-tempo reificados por um Deus? Que eternidade é essa que não apresenta um ente palatável para o qual podemos apelar?

 

 

 

 

 

 

 

 

C) Imortalidade, eternidade e o poético.

 

A separação histórica do que na sua essência é um conceito dual morte/vida fez com que a humanidade tivesse comportamentos distintos para uma questão que era única. Socrátes não temia a morte. A possibilidade de morrer encarada com desespero para aquele que se acredita senhor de seu destino fez surgirem algumas compensações ao longo da história do homem. A salvação da alma e o entendimento de que esta vida na terra é apenas uma passagem se tornou justificativa recorrente nos sistemas religiosos adotados. A imortalidade estaria reservada no paraíso àqueles que tivessem seu destino marcado ou o bom comportamento moral. Opressão.

Esta separação mortal/imortal , físico/metafísico cindiu o pensamento humano e tornou a experiência do real algo doloroso mas que precisava ser cumprido para a purificação da alma e como entrada no paraíso. Todo conceito de imortalidade como abandono do real tornou a vida opressão. Oprimidos diante daquilo que paradoxalmente marca a nossa humanidade. O homem é ser enquanto participante do real. Como nossa participação passou a ser oprimida, viver como experiência inaugurante se tornou algo totalmente sem sentido. Não se soube até hoje que formigas ou elefantes estivessem preocupados com a imortalidade ou a possibilidade de morrer?

A imortalidade conseguida pelo romano Marco Flamínio só justifica seu sentido quando depois de banhar-se num rio ela é retirada e ele morre. A imortalidade como ato de conquista esclerozou a sua existência. O único fundamento que lhe coube foi partir em busca da possibilidade de morrer, ato este que instaurou a liberdade. A imortalidade dele é relevante na experiência homérica que existe em cada um; na Odisséia que deveria ser obrigatoriamente escrita não numa Grécia que ficou para trás, mas numa Grécia de hoje, de ontem e de amanhã( afinal o que seriam estas coisas?) que não cabe no Kronos. O movimento poético é sempre imensurável e fala a partir do lógos. O Poeta deve deixar-se falar pelo lógos , escutar não preocupado com os ouvidos , mas escutar a partir do estar em vigília. Atentar a dis/posição do lógos é a tarefa que Abel conseguiu cumprir e perceber que a sua morte como a morte de Cecília fazem parte da essência da física, da ordenação do caos. É preciso buscar entender a ordenação do caos, sem simplificar a palavra ordenação, entender como harmonia reinante que de forma aleatória inaugura. Não é inaugurar a tarefa do poeta, é de vigilância para uma inauguração, inauguração esta que independe da sua vontade enquanto sujeito, mas depende enquanto história da sua asculta. Para Abel que encontra a morte no final do livro nada mais natural que o sistema morte/vida. Não há tensão no sentido de perda para a sua morte, apenas a dinâmica da física que rege o mundo. Animais estampados em tapetes são tão presentes quanto aqueles que vivem em nosso corpo ou estão no mundo. Entender a morte como dinâmica da vida é o caminho encontrado por Abel para fugir a Opressão. A idéia da morte enquanto perda, fim de caminho torna desesperadora a vida daquele que vive. Para o imortal que era um sujeito dessa ordem, a imortalidade criou um paradoxo que só foi resolvido com o entendimento da dinâmica do real. Com a percepção de que a física reinante é eterna e que o humano é apenas mais um nesta harmonia reinante que cria mundo. O que permanece é Homero: Antes de perder-me outra vez no sonho e nos delírios, inexplicavelmente repeti algumas palavras gregas: Os ricos teucros de Zeléia que bebem a água negra do Esepo.

 

D) Ordem do caos: Sator arepo tenet opera rotas

 

A idéia de rigor e a de universo estão presentes na frase que tão caro custou ao escravo frígio de Pompéia: SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS. O lavrador mantém cuidadosamente a charrua nos sulcos. Ou, como também pode entender-se O Lavrador sustém cuidadosamente o mundo em sua órbita.

 

Algumas linhas acima Abel esteve diante da ordenação do caos. Ela que estabeleceu seu destino mortal. O que rege esta ordenação pode ser resumido na frase: SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS, que Osman Lins oferece duas traduções: a) O Lavrador sustém cuidadosamente o mundo em sua órbita. b) o lavrador mantém cuidadosamente a charrua nos sulcos.

Estamos diante de uma frase latina que sem dúvida não permite tradução literal, qualquer tentativa de solução apostando na literalidade é vazia. SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS faz parte do pensamento. A tarefa é muito mais árdua. Surge a obrigação de estar atento ao canto da frase. O que segue agora serão duas tentativas de se aproximar da terceira margem diante do que nos foi proposto como tradução por Osman Lins.

 

•  O Lavrador sustém cuidadosamente o mundo em sua órbita.

 

Para uma análise da tradução acima vamos a princípio retirar o termo que surge de maneira preponderante: Lavrador . Propositalmente o substantivo aqui é apresentado em letra maiúscula, enfatizando a importância do sujeito. A estrutura da frase nos mostra uma sujeito que atua e um predicado totalmente dependente deste sujeito. O domínio da ação é do Lavrador que a partir de seus atos rege um mundo que gira diante do seu poder supremo. O Lavrador dita as condições de ordenação do mundo, o advérbio cuidadosamente apresenta uma característica mais de preocupação com a perda de poder do que cuidado com este mesmo mundo. Os passos são meticulosos e medidos ao extremo. Deus não joga dados.

 

•  O lavrador mantém cuidadosamente a charrua nos sulcos.

 

A tradução aqui envereda por um outro caminho, o pensar aqui tende para uma outra direção. O substantivo lavrador aqui é de outra ordem, não se anuncia sua onipotência, sua presença não é maior do que o resto da frase. A estrutura aqui apresenta o próprio sentido da ordem no caos, o que existe aqui é uma relação de dependência entre aquele que mantém e o que deve ser mantido. Sendo que o que deve ser mantido assume a mesma importância daquele que mantém:

No fundo da cisterna , olho através das águas e entrevejo o Todo. Sol e peixes misturam-se.

O papel do lavrador é de guardião. Não é permitido afirmar que ele surgiu após a charrua ser colocadas nos trilhos. Não se afirma uma condição inicial que buscou um agente controlador, no caso nosso lavrador. O caminho do pensamento aqui se aproxima muito do de Heráclito:

Como alguém poderia manter-se encoberto face ao que a cada vez já não declina ?

È inegável que quem ocupa o papel de guardião é o homem. O lavrador é o homem, o alguém é o homem. Não que assuma aqui uma possível supremacia do humano perante os outros seres. A responsabilidade de ser guardião ao mesmo tempo que é prazerosa é também dolorida. Aos que se aproximam do pensamento regido pela ordem do caos, o desespero diante do retorno à realidade ditada pelo sujeito é devastador.

Aquilo que é aqui chamado ordem do caos se fundamenta na dependência entre o que mantém e o que é mantido, o que não está encoberto e o que não declina. A charrua no sulco é mantida pelo lavrador a partir da linguagem, só ela é possibilidade de relação para o manter. O sulco aqui não se apresenta como caminho datado e em única direção, mas pelo contrário está ligado a questão daquilo que permanece no sentido de terra, de trabalho milenar, de caminho tátil que deixa marcas pela importância que adquiriu nessa ordenação. O eixo fora do sulco não é um novo caminho criativo a ser conquistado, é sim o abandono da linguagem como mantenedoura. Ao Guardião não cabe a procura de novos caminhos, mas a difícil tarefa de escutar e manter o caminho aberto no sulco, no chão, porque foram isso que fizeram,fazem e farão, não necessariamente nesta ordem, aqueles lavradores que como ele entenderam a importância do caminho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia

 

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•  _______________. As ruínas circulares . In: Obras completas de Jorge Luis Borges, volume I. São Paulo: Globo, 2001.

•  ________________. O Outro . In: O livro de areia. São Paulo: Globo, 1999.

•  ________________. Obras completas Jorge Luis Borges, Volume II. São Paulo: Globo, 2001.

•  HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos . São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os pensadores)

•  _______________. Ensaios e Conferências . Petrópolis: Vozes,2001.

•  _______________. Heráclito: a origem do pensamento ocidental: lógica: a doutrina heraclítica do logos . Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998.

•  HOMERO. Odisséia . São Paulo: Cultrix, 1993.

•  LINS, Osman. Avalovara . São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

•  ___________. Nove,novena . São Paulo: Livraria Martins Editora.

•  PLATAO. A República . Rio de Janeiro: Ediouro,s/d.

•  ___________. Fédon . Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000.

•  ___________. Fedro . São Paulo: Martin Claret, 2001.

LINS, Oman. Avalovara . São Paulo: Companhia das Letras, 2005

BORGES, Jorge Luis. O imortal . Obras completas de Jorge Luis Borges, volume 1. São Paulo:Globo, 2001.

 

HEIDEGGER, Martin.Como alguém poderia manter-se encoberto face ao que a cada vez já não declina ? Heráclito . Rio de Janeiro:Relume-Dumará,2002.

A cidade aqui, obviamente assume um caráter metafótico de essência da linguagem que reaparecerá neste trabalho na frase: SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS.

BORGES, Jorge Luis. O imortal . Obras completas de Jorge Luis Borges, volume 1. São Paulo:Globo,2001.

LINS, Oman. Avalovara . São Paulo: Companhia das Letras, 2005

Entendendo a matemática aqui como disciplina dos resultados exatos e inequívocos, totalmente oposta ao princípios da poética. Nossa caminha tenta encontrar a Moby Dick que nos ajudará a mergulhar por mares bravios e opostos ao de calmaria acima.

Ainda que se apresentem tendências moderníssimas da geometria godeliana, a badalada teoria das cordas e os estudos sobre o Caos, ainda se percebe um fundamento na natureza da verdade(veritas) e uma terminante recusa na ciência de trabalhar seriamente o conceito de aleatoriedade.

 

No sentido socrático do termo como carcterística dos artistas.

Ibid.

Presentificar no sentido de pôr-se ou ainda dispôr-se, aproximando-se com a idéia heigeggeriana.

Pela mitologia o deus Jano teria duas cabeças e seria ao mesmo tempo começo e fim, daí derivaria o mês de janeiro. É apontado como um dos fundadores de Roma.

Fugindo completamente a idéia de mundo como espaço fisico de medidas latitudinais e longitudinais, criadas a partir da abstração. O sentido aqui é o mundo como movimento criador.

Idéia no sentido de algo metafísico que permaneça num plano superior.

LINS, Oman. Avalovara . São Paulo: Companhia das Letras, 2005

 

Ou tem seu destino regido por um Deus antropomórfico e uno.

Em nenhum momento neste trabalho será colocado como de hábito o nome de Platão como o causador dessa fenda. Se tal fenda existe o ônus cabe aos neoplatonistas.

BORGES, Jorge Luis. O imortal . Obras completas de Jorge Luis Borges, volume 1. São Paulo:Globo,2001.

 

LINS, Oman. Avalovara . São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

É inegável o sentido de ditar aqui como de ditadura, de ditador.

LINS, Oman. Avalovara . São Paulo: Companhia das Letras, 2005

 

HEIDEGGER,Martin . Heráclito: a origem do pensamento ocidental: lógica: a doutrina heraclítica do logos . Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998.

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